LIBERDADE

Justiça revoga prisão e ativista Paulo Galo é libertado

Ativista estava preso desde o último dia 27, após o incêndio na estátua do Borba Gato, em São Paulo, para protestar contra a violência contra minorias que marca a história do país

ARQUIVO PESSOAL
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Além do entregador e integrante do movimento Revolução Periférica, também tiveram a prisão revogada o motorista Thiago Vieira Zem e Danilo da Silva Oliveira, o Biu

São Paulo – O ativista Paulo Roberto de Silva Lima, o Galo, foi libertado na noite de ontem (10), após o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo revogar o pedido de prisão preventiva. Galo estava preso desde 27 de julho, após assumir a autoria do incêndio à estátua do bandeirante Borba Gato, na zona sul de São Paulo.

Além do entregador e integrante do movimento Revolução Periférica, também tiveram a prisão revogada o motorista Thiago Vieira Zem, dono do veículo em que os pneus usados no incêndio foram transportados, e o motorista Danilo Silva de Oliveira, conhecido como Biu, que estava no local, mas nega ter ateado fogo nos pneus. Os três agora são considerados réus.

Na decisão do juiz Eduardo Pereira Santos Junior foi determinado também o arquivamento dos inquéritos sobre Géssica de Paula Silva Barbosa, mulher de Paulo Galo, que chegou a ser detida, mas também teve a prisão revogada. Ela não esteve presente na ação que culminou com o incêndio da estátua.

Segundo o despacho do magistrado, os fundamentos para a prisão preventiva dos acusados não se fazem valer, uma vez que os réus “são todos primários e desprovidos de antecedentes criminais”. “Os acusados residem na comarca, constituíram defesa e colaboraram com a investigação. Eventual móvel político não interessa neste momento à Justiça Criminal. Por todo o exposto, não há como se presumir que a soltura dos réus traga danos à ordem pública, prejudique a instrução criminal ou frustre a aplicação da lei penal”, afirma o juiz.

Na última quinta (5), a Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva, sem prazo definido para terminar, dos três por suspeita de participação no incêndio à estátua. Horas antes, a defesa de Galo havia conseguido habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), quando o ministro Ribeiro Dantas considerou ilegal sua prisão temporária, porque o entregador havia se apresentado espontaneamente à polícia.


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