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‘A Destruição do Brasil’: Maria Rita Kehl é a entrevistada desta quarta-feira

Psicanalista pdiscute a possibilidade de um processo futuro de reconstrução do país, após a vigência da agenda ‘moral’ de Bolsonaro

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Segundo Maria Rita Kehl, a agenda moral de Bolsonaro precisa de uma análise sob os pontos de vista da psicologia, religioso e também politicamente

São Paulo – A psicanalista e escritora Maria Rita Kehl será a entrevistada, nesta quarta-feira (10), às 17h, da série A Destruição do Brasil, feita pelo jornalista Gustavo Conde e exibida na TVT. O programa vai discutir os fatores que levaram ao quadro atual de rompimento do pacto social consolidado com a Constituição de 1988, mas também levantar um debate sobre a possibilidade de um processo futuro de reconstrução.

A psicanalista será a segunda entrevistada da série, idealizada pelo comunicador e feita em parceria com o canal do Conde no Youtube, que teve sua estreia na última quarta (3), com o jurista e professor de Direito Constitucional da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Pedro Serrano.

Em entrevista recente, Maria Rita Kehl falou sobre a agenda moral do presidente Jair Bolsonaro. Segundo ela, a questão precisa de uma análise sob os pontos de vista da psicologia, religioso e também da política. “Eles descobriram um nicho puritano na sociedade, de uma ala evangélica. O Brasil está sendo colonizado de novo, com esse preposto do (bispo) Edir Macedo. O Brasil está sendo catequizado como os índios foram no século 16”, disse ela.

Ela disse ainda que o atual presidente é a “voz dos ressentidos” e citou uma frase do escritor alemão Thomas Mann para ilustrar o Brasil de hoje: “‘Toda época que tem medo de si mesma se inclina à restauração’. Acho que isso explica o Brasil hoje. O Brasil tem medo de si mesmo, tem uma decepção, uma desilusão. O PT não pode voltar, embora a ditadura possa,  porque tem gente achando bacana se ela voltar – e vai apostando no pior, no mais conservador, no mais ignorante, e tem os ressentimentos.”

Em entrevista à Maria Teresa Cruz, no Jornal Brasil Atual, Gustavo Conde afirmou que o programa é “tecnicamente muito rico” e destaca a importância de “amplificar e compartilhar as ideias para pensar um futuro”. E, assim, “dar continuidade ao processo histórico brasileiro”. Algo que, em suas palavras, “está represado por tantos blefes” do governo de Jair Bolsonaro.