Descaso

Ato no Rio de Janeiro destaca violência contra a população trans

Na semana em que se celebra o Dia da Visibilidade Trans, manifestantes denunciam genocídio que coloca o estado fluminense como o primeiro que mais mata travestis e transexuais no Brasil

TVT/Reprodução

Manifestação ocorreu nesta segunda (29), nas escadarias da Câmara Municipal do Rio de Janeiro

São Paulo – Movimentos sociais e ativistas realizaram um ato na escadaria da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, no centro da cidade, para denunciar a violência contra a essa população nesta segunda-feira (29), Dia da Visibilidade Trans.

De acordo com relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra), o Brasil segue liderando o ranking de países que mais matam pessoas trans no mundo, com 163 assassinatos em 2018, sendo o Rio de Janeiro o estado com o maior número de mortes, foram 16 só no ano passado. 

Em entrevista à repórter Viviane Nascimento, do Seu Jornal, da TVT, ativistas apontaram ainda que a falta de políticas públicas em relação a esse segmento da população contribui para o aumento da violência. Eles também criticaram o fato de medidas como a flexibilização da posse armas serem discutidas no lugar de políticas de proteção.”É um perigo para certas populações que são mais vulnerabilizadas na sociedade, como grande parte da população trans”, explica a integrante do Fórum de Articulação Estadual de Travestis e Transexuais do Estado do Rio de Janeiro Wescla Vasconcelos.

Do total de mortes registradas pelo levantamento da Antra, 53% dos assassinatos de pessoas trans foram cometidos com armas de fogo.

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