novos tempos

Para Tuca Munhoz, Apae deve se abrir para a sociedade e buscar novo papel

Ativista afirma que, com o avanço das políticas públicas em saúde e educação para as pessoas com deficiência, as associações precisam ressignificar o seu modelo de atuação

arquivo/EBC

Segundo ativista, Apaes devem substituir atendimento intramuros e apoiar fortalecimento de políticas públicas

São Paulo – O ativista pelos direitos das pessoas com deficiência Tuca Munhoz disse hoje (5) à Rádio Brasil Atual que as unidades das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) devem se abrir ao diálogo com a sociedade, acompanhar as mudanças dos últimos anos, e “ressignificar” o seu modelo de atuação.

Tuca afirma que a Apae teve atuação importante durante décadas, mas, nos últimos anos, com o avanço das políticas públicas em saúde e educação para as pessoas com deficiência, as associações precisam buscar um novo papel.

Ele comentou sobre protestos realizados no último mês, quando a Federação das Apaes do Estado de São Paulo reivindicou aumento do repasse de verbas por parte do governo estadual, que tem convênio com a instituição para o atendimento de alunos com deficiência em escolas conveniadas.

Para ele, por interesses corporativos, as entidades relutam em abrir mão das suas classes especiais, quando a rede pública avançou no atendimento a esse público e, hoje, conta com melhores condições de atendimento.

A Apae da capital paulista, por exemplo, não atende mais diretamente aos alunos, mas auxilia a prefeitura de São Paulo na formação dos profissionais que vão atuar com as crianças com deficiência. Segundo o ativista, esse é o modelo que as demais unidade da Apae devem adotar. “A Apae não pode nem deve ser extintas, mas deve se ressignificar, assumir novos papéis nesse novo contexto dos direitos das pessoas com deficiência”, afirmou.

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