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Dilma destaca qualidade do Minha Casa, Minha Vida com gestão do MTST

Presidenta participa de ato em defesa do programa em Taboão da Serra: 'A qualidade das construções que eu vi aqui supera todas as demais que eu vi no Brasil. E o mais importante: com o mesmo custo'

Roberto Stuckert Filho/ PR

Dilma em Taboão da Serra: condomínio representa vitória ao mostrar que o sonho da casa própria é possível

São Paulo – Em ato em defesa do programa Minha Casa, Minha Vida ontem (8), em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, a presidenta afastada Dilma Rousseff disse que as unidades habitacionais construídas ali, no condomínio João Cândido, têm qualidade que supera a de todos as demais unidades que ela entregou pelo país afora. “Eu andei o Brasil inteiro, inaugurando as moradias do Minha Casa Minha Vida, mas eu quero mais uma vez reconhecer a qualidade das construções que eu vi aqui, dos apartamentos de três e dois quartos, que supera todas as demais que eu vi no Brasil. E o que é mais importante: com o mesmo custo”, disse a presidenta.

O condomínio João Cândido faz parte de um projeto que quando estiver totalmente pronto reunirá 1.100 unidades de 54 a 63 metros quadrados. Ele tem sido viabilizado pelo Minha Casa Minha Vida – Entidades, uma modalidade do programa que coloca os moradores no comando da obra. No caso, a construção é organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e pela Associação Esperança de um Novo Milênio, que representam as famílias beneficiadas. As obras são, assim, tocadas por sistema de autogestão para contemplar famílias de mais baixa renda, na primeira faixa do programa.

“Aqui tem um programa muito bem-sucedido. Foi por isso que antes de ‘eu ser saída’ do governo por esse golpe, por essa usurpação, que tem sido esse processo contra mim, que sou inocente, que não tenho contas na Suíça, que nunca roubei, mas antes disso, uma das grandes preocupações nossas era fazer o Minha Casa, Minha Vida 3”, disse Dilma ao discursar para os moradores e população da região.

“E para fazer isso, a gente deu prioridade às entidades, tanto as urbanas, quanto as rurais. E principalmente a esse movimento, o MTST, pela qualidade e por tudo que isso representa de organização, tudo que isso representa de vitória e conquista do nosso povo”, afirmou Dilma. “Porque aqui tem uma vitória, nós não perdemos todas, nós ganhamos várias e aqui tem uma vitória de cada uma das famílias que estão aqui e que mostram para as outras famílias, que ainda não estão em sua casa própria, que é possível, que vai dar certo. Basta que vocês se organizem, se mobilizem e sigam em frente”, enfatizou.

No discurso calorosamente acolhido pelos moradores, Dilma criticou também o ministro interino da Saúde, Ricardo Barros, que nesta semana lançou a ideia de criar um plano de saúde popular, com menor cobertura do que a mínima exigida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), para financiar o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, uma ideia que vai impactar o bolso dos mais pobres, já que eles, por meio do tal plano, passariam a contribuir para o sistema.

“O ministro da Saúde, interino, ilegítimo e provisório disse que o Sistema Único de Saúde não cabe no orçamento. E que por isso iam ter dois tipos de planos de saúde. Um dos ricos, que cobre qualquer tipo de doença, outro para os pobres que cobre só uma pequena parte das doenças. Isso é um absurdo, é criar no Brasil dois tipos de pessoas. Aquelas que têm acesso à saúde plena, e aquelas que não têm”, afirmou.

Dilma destacou ainda que “é esse tipo de visão de governo que levou eles a acabar em um primeiro momento com o Minha Casa, Minha Vida – Entidades. Eles têm medo desse programa, que reconhece a cidadania de todo brasileiro e de toda brasileira. Esse programa reconhece que quem faz o seu caminho é quem luta. Esse programa reconhece que é possível construir residências de qualidade, se o povo fiscalizar e controlar”.