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Artistas querem continuidade de ocupações: não é só pelo Minc, é contra Temer

Nomes como Marieta Severo e Otto consideram 'ilegítimo' governo interino, descartam negociações com o Planalto e avisam que ocupações em prédios da Cultura devem continuar

Reproduções/TVT

São Paulo – Artistas e ativistas da cultura mantêm as ocupações em prédios ligados ao Ministério da Cultura (Minc). Na segunda-feira (23), o movimento Ocupa Minc divulgou um vídeo com a participação de nomes como Marieta Severo, Patrícia Pilar, Otto, Andréa Beltrão, entre outros. “Qualquer tipo de negociação com o Planalto será uma forma de legitimar o golpe de Estado”, afirmam.

Eles argumentam que o governo interino de Michel Temer (PMDB) é ilegítimo, pois se sustenta a partir de um golpe que afastou no dia 12 a presidenta eleita Dilma Rousseff após votação no Senado Federal. Um dos primeiros atos do peemedebista foi extinguir ministérios como o das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, da Ciência e Tecnologia, do Desenvolvimento Agrário e da própria Cultura.

A reação veio no dia 13, quando o primeiro prédio ligado à cultura foi ocupado em Curitiba. Desde então, 21 capitais registram manifestações. As localidades são ligadas a instituições, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) e a Fundação Nacional das Artes (Funarte).

Com a intensificação dos protestos, Michel Temer recuou e recompôs a pasta. No sábado (21), o presidente interino nomeou o então secretário da Cultura, Marcelo Calero, como ministro. Entretanto, os manifestantes não desocuparam os prédios. Ao contrário, ampliaram as reivindicações e exigem a saída de Temer.

“A extinção do Minc significa e simboliza não só a perda dos direitos dos trabalhadores da Cultura, mas também a perda dos direitos de cidadania do povo brasileiro. Não se trata de garantir apenas a sobrevivência do setor (…) Não aceitamos negociações com coronéis do século 21. Neste momento, o verdadeiro governo está do lado de fora”, argumentam.

Na quarta-feira (25), representantes da Cultura realizaram uma audiência pública em Brasília para decidir o futuro das ocupações. “Neste momento, o diálogo é por aqui: pela luta, resistência e ocupações, e não legitimar junto ao ministro da Cultura este novo governo ilegítimo”, disse na ocasião o representante da Frente Nacional de Teatro, Fernando Yamamoto.

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