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Haddad discutirá com movimentos para estabelecer regras para habitação

Encontro está previsto para este sábado. Grupos querem indicar demanda de 20 mil unidades e prefeito diz que precisa atender também os não organizados

Danilo Ramos/RBA

Falta de critérios é oportunismo são apontados como razões das ocupações em prédios na zona leste e terrenos na zona sul

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou hoje (6) que se reunirá com movimentos de moradia no sábado (10) para estabelecer os critérios de seu programa habitacional. Haddad pretende construir 55 mil unidades até o final de 2016. A afirmação foi feita após evento com empresários da construção civil na cidade.

Os movimentos de moradia reivindicam o financiamento de 20 mil unidades por meio do Minha Casa Minha Vida Entidades, o que lhes permitiria indicar a demanda e administrar projetos de construção.

Desde o início da gestão, o prefeito tem dito que precisa atender a toda a cidade, não só a população organizada. “Nós vamos ter uma reunião com todo o movimento de moradia para estabelecer regras. Sempre deixei claro que temos pessoas que não estão organizadas pelos movimentos de moradia mas têm de estar com seus direitos assegurados. Por exemplo, a população que está em área de risco nós precisamos atender. As pessoas que estão no bolsa-aluguel também”, afirmou.

Na manhã de hoje, movimentos ligados à União Nacional de Moradia e à Central de Movimentos Populares afirmaram que, se o prefeito não der respostas à pauta de reivindicações apresentada em abril, irão retornar o processo de ocupações na cidade em outubro.

A falta de proposta habitacional tem criado expectativa e é apontada como uma das razões para a realização de ocupações de movimentos de outras correntes políticas em áreas que seriam destinadas à população de baixa renda desde o dia 25 de julho.Na zona sul, há ocupações em sete terrenos públicos e privados. Cinco empreendimentos do Minha Casa Minha Vida, às vésperas de serem entregues a famílias de baixa renda, foram ocupados na zola leste de São Paulo.

Haddad voltou a afirmar que a série de ocupações é “oportunista”. “Isso é uma ação subterrânea e sem compromisso com a cidade que, inclusive, está sendo investigada. O prefeito questionou qual o sentido de se invadir e depredar um imóvel que está a um mês de ser entregue pro morador de direito. “Ajuda a quem isso?”.

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