Internet Móvel

Parte dos táxis de São Paulo terá tablet e rede sem fio para acesso à internet

Programa-piloto com 10 veículos foi lançado hoje. Nos próximos 60 dias serão 500, e, até a Copa, 3.500, 10% da frota atual

Dimonos/Flickr

Ideia é facilitar vida de turistas. Entre os aplicativos disponíveis está um tradutor

São Paulo – Os passageiros de táxi da cidade de São Paulo poderão acessar a internet por meio de rede sem fio, tanto em seus próprios computadores como em tablets que serão instalados nos veículos. Um projeto-piloto com 10 veículos equipados com aparelhos foi lançado hoje (17) no Departamento de Transportes Públicos da prefeitura. A promessa é chegar a 500 veículos em 60 dias e, até a Copa de 2014, a 3.500, o equivalente a 10% da frota atual da cidade. O propósito é facilitar a vida dos turistas esperados para o evento.

Um dos aplicativos instalados no equipamento eletrônico é um tradutor, por meio do qual a pessoa que não fala português escreve ou fala suas dúvidas em sua língua materna e obtém a tradução. Se desejar acessar a internet do próprio aparelho, o passageiro acessa a rede sem fio do aparelho com uma senha válida por 15 minutos.

O programa tem apoio institucional da prefeitura, mas a administração pública, taxistas e passageiros não terão custos. A Comtecno, empresa de tecnologia, vai captar recursos e desenvolver o sistema, cujo custo de instalação é de R$ 300 em cada táxi, mais manutenção mensal de R$ 280. Segundo o diretor comercial da empresa, João Carlos Machado Passos, os recursos serão levantados junto a empresas interessadas em anunciar suas marcas no programa instalado nos tablets.

Transporte público

Durante o lançamento do projeto-piloto, o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, afirmou que a prioridade do gestão Fernando Haddad (PT) é a mobilidade pública, e que o táxi é uma alternativa para quem quiser continuar a ter “conforto individual”. “O que não pode é andar mais de carro na cidade, porque o espaço tem que ser democrático. Na verdade, temos que ter uma política não de privilegiar as máquinas, mas de privilegiar as pessoas.”

Tatto afirmou que as conversas entre prefeitura e governo do estado para a adoção conjunta do Bilhete Único Mensal estão “indo bem”. “Do ponto de vista técnico, não há dificuldade. Há uma sinalização por parte do estado de que poderá implementar o sistema com a prefeitura. É uma decisão do estado”, disse.

O secretário também afirmou que a prefeitura estuda a instalação de uma rede de ônibus que passaria a percorrer estações do metrô depois de seu fechamento. Na prática, seria uma rede de ônibus 24 horas na cidade, reivindicação antiga da população, descartada pelo presidente do Metrô, Peter Walker. “A nova licitação já aponta para isso”, declarou Tatto, referindo-se ao edital, em fase de elaboração, com as regras para as novas concessões de 15 anos para o transporte público da cidade.

Segundo o secretário, os últimos detalhes estão sendo acertados, inclusive o sistema que vai levar em consideração a avaliação dos passageiros sobre a qualidade do serviço prestado e a qualificação dos motoristas. “Tem uma questão sobre qual peso você dá para passageiro, qual peso você dá para cursos de formação. São decisões estratégicas. Estamos fazendo um contrato de 15 anos, tem que pensar legal”, concluiu.

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