Nomeado assessor da Fiesp, Patrus Ananias defende ações específicas contra pobreza extrema

Patrus lembra que pessoas mais pobres demandam tempo maior para se qualificar (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil – arquivo) São Paulo – O ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à […]

Patrus lembra que pessoas mais pobres demandam tempo maior para se qualificar (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil – arquivo)

São Paulo – O ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Patrus Ananias defendeu nesta sexta-feira (6), após reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ações diferenciadas para atacar a “pobreza extrema”. Patrus, que passa a atuar como assessor da entidade empresarial, participou de encontro do Conselho Superior de Responsabilidade Social da Fiesp com a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Helena Bairros.

“A pobreza extrema exige atendimentos mais urgentes em frentes que são alimentação, água potável, saneamento básico e capacitação para o trabalho, também passando por processos de alfabetização, autoestima e afirmação da dignidade pessoal e familiar”, disse Patrus Ananias, em entrevista à Rede Brasil Atual.

O ex-ministro avalia que a qualificação profissional é mais difícil para as pessoas que vivem nesse patamar de pobreza. “Pessoas mais pobres, mais sofridas demandam tempo maior para se qualificar para o mercado de trabalho”, afirmou. São pessoas excluídas de possibilidades de trabalho devido ao analfabetismo ou à ausência da educação básica e fundamental.

A respeito da decisão do governo federal de inclusão de pessoas que fazem parte do Bolsa Família no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec), Patrus defende uma resposta mais imediata do ponto de vista da inclusão produtiva e da capacitação para o trabalho. “Deveríamos trabalhar com uma pobreza mais estruturada com base mínima mais educacional e pessoas com experiência de trabalho”, sugere.

Desafio

O segundo grande desafio no combate à miséria, na visão do ex-ministro, são as áreas empobrecidas das grandes cidades. Nas pequenas e médias cidades, Ananias testemunhou que é muito visível o resultado dos programas de combate à fome e à miséria. Nos grandes centros está o desafio de lidar com a violência e problemas familiares e sociais atrelados à miséria.  “Nosso desafio no território urbano de áreas mais sofridas, mais empobrecidas é buscar  a integração de políticas sociais e termos a presença do Estado”, aponta.

Questionado sobre o programa do governo federal Brasil Sem Miséria, Ananias disse que ainda não tem detalhes do projeto e que vair “torcer e contribuir” para o sucesso da iniciativa. “Não acompanhei processo da elaboração dessa proposta e aguardo que seja publicamente colocada para refletir sobre ela e discutir nos espaços onde estou trabalhando, como aqui na Fiesp e em outros espaços, junto com movimentos sociais e organizações que queiram discutir.”