Forlán decide

Uruguai quase na semifinal

Nigéria depende de dois resultados quase milagrosos para avançar na Copa das Confederações

EFE/Peter Powell

Titular hoje, Forlán mostrou que não pode voltar para o banco

Em meio ao clima quente de protestos em Salvador – dois micro-ônibus da Fifa foram apedrejados no bairro do Campo Grande – Uruguai e Nigéria fizeram o duelo que valia a segunda vaga do grupo B da Copa das Confederações. A não ser, claro, que o Taiti proporcione a maior zebra da história recente do futebol mundial na peleja contra o Uruguai, no domingo.

Os 15 primeiros minutos foram de pressão uruguaia. A novidade na equipe foi a escalação do atacante Forlán, do Internacional, que estava no banco de reservas na estreia contra a Espanha. E foi em um lance do atacante que saiu o primeiro gol celeste. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para ele, que cruzou para a área e contou com duas furadas para que a bola chegasse em Lugano, que não desperdiçou, aos 19.

A Nigéria passou a se organizar melhor em campo e os uruguaios recuaram aos poucos, cedendo espaço para o trabalho de bola adversário. Aos 37, Mikel recebeu a bola dentro da área, driblou o autor do gol uruguaio, Lugano, e finalizou no ângulo direito de Muslera.

No início da segunda etapa, os nigerianos até deram a sensação de que continuariam jogando melhor, como terminaram na etapa inicial. Mas, aos cinco minutos, em um contra-ataque rápido dos sul-americanos, Diego Forlán anotou o segundo da sua equipe e voltou a ser, de forma isolada, o maior artilheiro da história da seleção uruguaia, com 34 gols. Luiz Suárez, com 33, continua na cola.

A Nigéria tentou, mas foi o Uruguai, em contra-ataques, que levou mais perigo. Cavani finalizou para fora aos 24, cara a cara com o goleiro, e perdeu um gol incrível aos 33, em uma cabeçada para fora.

Com a derrota, a seleção nigeriana precisa vencer a Espanha e torcer por uma mais que improvável vitória do Taiti contra o Uruguai. Além disso, teve quebrada uma série invicta de 18 jogos. A última derrota dos africanos havia sido também para um time sul-americano, o Peru: 1 a 0 em 23 de maio de 2012.