Ontem eu tive que ir na posse do Xandão. Ah, que humilhação…
Ele ficou lá, falando bem da urna eletrônica e eu não pude soltar um palavrão. Que raiva!
Publicado 17/08/2022 - 09h45
Diário, ontem eu tive que ir na posse do Xandão. Ah, que humilhação… Ele ficou lá, falando bem da urna eletrônica e eu não pude soltar um palavrão. Que raiva!
O pior veio depois. Quando acabou o treco, todo mundo ficou babando no Outro. No Nine. No Molusco. Parecia que ele que era a estrela, e não eu. Aliás, detesto estrela! Nem olho pro céu de noite pra não ver nenhuma.
Mas o pior do pior do pior ninguém viu, Diário. Nenhum jornalista, nenhum blogueiro, nenhum fofoqueiro. Só vou contar aqui pra você.
É que, depois daquela babação toda sobre direitos e democracia, eu fui no banheiro. E quem tava lá? Isso mesmo, o Careca. O Cabeça de Ovo. O Escorregador de Mosquito. O Xandão.
Aí, como só tinha nós dois, eu aproveitei pra dar uma cutucada nele:
– Xandão, você vive falando em urna eletrônica, em tecnologia e o escambau, mas aposto que aqui no banheiro vai se limpar com papel.
E ele respondeu assim:
– Engano seu. Aqui as privadas são daquele modelo japonês. Soltam um jatinho d’água e depois um arzinho quente pra secar. O papel já não serve nem pra isso.
Eu saí dali sem falar nada, Diário. Mordendo os dentes de raiva.
E estou enfezado até agora.