Diário do Bolso

Diário, no tocante ao cartão corporativo, queriam o quê? Que eu pagasse do meu bolso?

Olha, compramos 51 imóveis com dinheiro vivo, mas a cachaça 51 foi no cartão corporativo

Via @DiáriodoBolso
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Diário, uma tal de “Agência Fiquem Sabendo” foi atrás dos gastos do meu cartão corporativo da presidência. Pô, vão revirar meu lixo também?

Os comunofutriqueiros já ganharam uns comunoprêmios de comunojornalismo. E agora tão checando as notas físicas dos meus cartões. Uma por uma!

Os caras foram até um prédio lá em Brasília e já escanearam mais de 2,6 mil folhas. Não pensei que a esquerdalha tivesse paciência de chinês. Mas, pensando bem, chinês é comunista, então tem sua lógica.

Por enquanto, os checadores (deviam ser cartoadores, porque eles não tão fuçando cheques) só viram 20% das notas.

Mas já descobriram que os cartões foram usados pra comprar:

  • forma de brigadeiro (querem que eu coma o brigadeiro na mão?);
  • picanha (é óbvio);
  • leite condensado (é claro):
  • Nutella (é escuro);
  • bombom Sonho de Valsa (se bem que eu prefiro Ouro Branco, ou melhor, dourado);
  • Maria Mole (com leite condensado em cima, fica bom);
  • caviar (nem com leite condensado em cima fica bom);
  • Fandangos de queijo (pra dar aquela entupida inicial);
  • Doritos (pra aprofundar a entupida);
  • camarão (pra entupir de vez);
  • carnes de churrasco (minha contribuição na luta contra a fome é fazer churrasco pros parças, kkk!);
  • motociatas (só uns R$ 100 mil cada uma);
  • lápis de cor Faber Castell (mas só uso os verdes e amarelos; o resto, jogo fora);
  • materiais para festas infantis (os meus ministros gostam de umas festas com balões e chapeuzinhos coloridos);
  • 62 compras em sorveterias de Brasília (meu preferido é o Napolitano, mas jogo o creme e o morango fora);
  • vinho (o tinto, com gelo, vira rosé);
  • cachaça 51 (compramos 51 imóveis com dinheiro vivo, mas 51, foi no cartão);
  • Rivotril (às vezes tenho uns sonhos estranhos com uns índios morrendo de fome e tenho que tomar um remedinho);
  • Lexapro (um antidepressivo muito bom contra depressão e pesquisa eleitoral);
  • e desodorantes (só porque a Mi reclamou). 

Enfim, Diário, no tocante ao cartão corporativo, é claro que usei os trecos pra fazer as compras do mês. E isso não é ilegal. Só não é honesto, talkei?

Queriam o quê? Que eu pagasse tudo com o meu salário?

cartão corporativo

#diariodobolso