Nascida na Suíça e radicada no Canadá, a cineasta Léa Pool, de 61 anos, realizou o primeiro filme, “Strass”, em 1980, mas começou a chamar a atenção em 1986, quando o filme autobiográfico “Anne Trister” foi exibido no Festival de Berlim, onde, treze anos depois, ganhou o prêmio principal do júri com “Leve-me”. 

Homossexual assumida e militante pelos direitos das mulheres, a realizadora utiliza os filmes para investigar a identidade feminina. É o que poderá ser conferido entre 14 e 18 de março, no Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo. Em seguida, a mostra parte para Brasília, onde será apresentada também no CCBB, entre 20 e 25 de março, e se encerra no CCBB do Rio de Janeiro, entre 3 e 8 de abril.

Ao todo, serão exibidos 12 filmes, entre longas-metragens de ficção e documentários. Entre eles, chama atenção “Direto para o Coração”, de 1988, que é uma adaptação do romance de Yves Navarre, que tem um homem como herói – uma exceção na obra da cineasta –, e aborda a homossexualidade, tema bastante presente em toda a obra dela. Tendo em comum a temática da mulher adolescente sempre em busca de identidade, também fazem parte da mostra “Movimento do Desejo”, de 1992; e “Leve-me”, de 1998. 

Não ficam de fora também os filmes mais conhecidos da cineasta, como “Assunto de Meninas”, de 2001, com Piper Perabo e Mischa Barton; e “A Borboleta Azul”, de 2004, estrelado por William Hurt. Léa Pool estará presente na abertura da mostra em São Paulo, quando conversará com o público e participará de um debate com a fotógrafa e diretora de cinema Heloisa Passos.

A mostra de Léa Pool é o primeiro evento da Festa da Francofonia 2012, um evento multicultural que será realizado em março em São Paulo, com exposições, shows, concertos, ciclos de cinema, palestras e conferências em torno da cultura francófona.

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