Vale vaga

Brasil e México jogam pela liderança do Grupo A

Vencedor do duelo pode disputar última partida da primeira fase já classificado

Antonio Lacerda/EFE

Oribe Peralta tem chuteira lustrada depois de marcar contra Camarões. Olho nele

Brasil e México entram em campo hoje (17) às 16h, na Arena Castelão, em Fortaleza, em busca da liderança da chave e de uma classificação antecipada. O vencedor do duelo pode disputar a última rodada da primeira fase com a vaga garantida nas oitavas, caso Camarões e Croácia empatem nesta quarta-feira (18).

A seleção brasileira tem uma dúvida. O atacante Hulk não esteve presente em dois treinamentos nos últimos dias por conta de dores na coxa esquerda. Ainda que não tenha sido constatada lesão, o quadro impõe uma limitação da movimentação do atleta e, caso as dores não melhorem, Ramires pode entrar na equipe de Felipão. O meia treinou entre os titulares no último treino secreto da equipe.

O que muda com Ramires no lugar de Hulk?

Se fosse uma troca simples de um atacante  por outro, Felipão poderia ter optado por Bernard ou Willian no lugar do jogador do Zenit. Mas a entrada de Ramires pode se relacionar com um dos pontos fortes do México, o apoio ofensivo do ala esquerdo Layún. Como o lado direito da defesa brasileira foi um dos pontos baixos da estreia do Brasil contra a Croácia, o meia do Chelsea reforçaria a marcação por ali.

A mudança também pode aliviar o trabalho de Luiz Gustavo e permitir que Paulinho chegue mais ao ataque. Outro ponto importante é o reforço da marcação do meio de campo, já que os comandados de Miguel Herrera têm como uma de suas armas os tiros de longa distância. Não é bom negócio deixar atletas rivais livres entre o meio e a área brasileira.

Como o México vai jogar

Depois de quase ficar de fora da Copa de 2014, com uma campanha complicada nas eliminatórias da Concacaf, a seleção mexicana vem se recuperando e teve alguns desempenhos bons em amistosos, mesmo naqueles em que saiu derrotada. O técnico do América local, Miguel Herrera, foi convocado para salvar a pátria de Zapata e assegurar a vaga da esquadra no Mundial. Conseguiu e, aos trancos e barrancos, recuperou a autoestima da equipe.

Adotando um 5-3-2 que se torna 3-5-2 de acordo com o momento do jogo, Herrera conta com o apoio dos alas Aguilar e Layún, além de uma dupla de ataque que foi decisiva na conquista do ouro olímpico em Londres, ocasião em que o Brasil foi derrotado na final. Oribe Peralta, atuando mais centralizado, e Giovani dos Santos, atacando pelo lado, formam uma dupla entrosada que colocou o atacante do Manchester United, Chicharito Hernández, no banco de reservas.

Histórico de confrontos

Em Copas do Mundo, o Brasil já cruzou com o México três vezes, e nunca tomou um gol sequer. Foram três vitórias, a primeira, na Copa de 1950, um triunfo por 4 a 0; a segunda, no Mundial da Suíça, em 1954, uma goleada por 5 a 0, e a última vez em que ambos se cruzaram foi em 1962, 2 a 0 para os brasileiros.

A fama recente da seleção da América do Norte como algoz canarinho veio de derrotas em outras competições, sendo a mais marcante a das Olimpíadas, que não é disputada pelos times principais. Os conterrâneos do Chapolim derrotaram os brasileiros em edições de Copa América de 2001 e 2007, Copa das Confederações de 2005, Copa Ouro de 2003, e amistosos como um 2 a 0 para eles em 2012.

Campanha contra a piada fácil

Ao assistir o jogo com a família e/ou amigos, evite fazer trocadilhos com nomes de jogadores do México. Convém não promover galhofas como “o Guardado está se poupando para o segundo tempo” ou “o Peralta está muito sapeca” e frases similares. Não é bonito também elaborar cacófatos com a palavra “México”.

Ficha técnica Brasil x México

Local: Estádio Castelão, em Fortaleza (CE)
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Cuneyt Cakir (Turquia)
Assistentes: Bahattin Duran e Tarik Ongun (os dois da Turquia)

Brasil: Júlio César; Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho, Ramires (Hulk) e Oscar, Fred e Neymar
Técnico: Luiz Felipe Scolari

México: Ochoa; Rodríguez, Héctor Moreno e Rafa Márquez; Aguilar, Herrera, Vásquez, Guardado e Layún; Giovani dos Santos e Peralta
Técnico: Miguel Herrera