tempos sombrios

Na ânsia de tirar direitos dos trabalhadores, golpistas batem cabeça

Eles farão de tudo para obrigar a classe trabalhadora a pagar o pato. Só a mobilização pode impedir o fim da CLT, da carteira assinada, das férias e do 13º, uma verdadeira volta à escravidão

reprodução/cut

Empresários exigem que a classe trabalhadora pague o pato

O ministro golpista do Trabalho, Ronaldo Nogueira, anunciou ontem (8) que o governo estava trabalhando em uma proposta de aumento da jornada de trabalho para 12 horas diárias. Hoje, negou e foi além: “Elevação de jornada para 12h por dia seria voltar à escravidão”, afirmou o golpista.

O recuo foi meio confuso, mas uma coisa ficou clara: eles pretendem, sim, elevar a jornada para mais de oito horas.

Prestem atenção nos três recados que o ministro golpista passou na sua fala atrapalhada:

1) Não pretende elevar a jornada;

2) reafirmou que a jornada pode ser negociada entre patrão e empregado.

3) “A legislação trabalhista tem muitas regras e é preciso simplificar para dar segurança jurídica aos empresários”;

Estão vendo? Ele desmentiu e ao mesmo tempo REAFIRMOU que quer flexibilizar e retirar direitos da CLT duramente conquistados por nós com muita luta.

Os recuos do governo do golpista Temer já estão virando piada. Um dia ele anuncia uma medida, no outro ele recua, volta atrás, diz que não disse o que havia dito no dia anterior. Tem colunista que até já listou os recuos.

Temer, que já recuou até na avaliação das manifestações, um dia eram 40, 50, 100 que destruíam carros; no outro, atos foram definidos como “substancial”. Extinguiu o Ministério da Cultura e depois voltou atrás. Anunciou que ia “revisar” o SUS e desistiu da ideia, entre tantos outros recuos.

Na ânsia de agradar o mercado e os empresários que gastaram fortunas financiando o golpe, Temer e sua equipe estão fazendo praticamente um anúncio por dia, todos atacando os direitos do povo brasileiro.

Os argumentos nós já conhecemos, uma hora falam que é preciso modernizar a legislação trabalhista – o que significa acabar com a carteira assinada, ampliar a terceirização, acabar com as férias e o 13º.

Outra hora, falam que é preciso aumentar a segurança jurídica para os empresários. Todo trabalhador sabe que isso significa que o patrão vai poder fazer o que bem entender e ele não ter o direito nem de entrar com uma ação na Justiça do Trabalho.

Apesar dos desmentidos e dos aparentes recuos em relação a tal reforma trabalhista, não nos enganemos. Os empresários que financiaram o golpe exigiram um pagamento, que é a retirada de direitos para ampliar seus lucros.

Esses empresários exigem que a classe trabalhadora PAGUE O PATO. E para impedir a retirada de direitos só temos uma saída: mobilizar, protestar, fazer atos cada vez maiores. Só a mobilização dos trabalhadores e das trabalhadoras nas ruas e nos locais de trabalho é que vai garantir a manutenção dos direitos da CLT e as conquistas dos últimos 13 anos.