Estudantes e trabalhadores  insatisfeitos com o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo convocaram para sexta-feira (8), às 17h, mais um protesto para tentar reverter o reajuste da passagem. O ato está sendo convocado via Facebook, Twitter, entre outras redes sociais, por organizações que compõem a Rede Contra o Aumento da Tarifa. Essa será a 11ª manifestação contra o aumento, a segunda em frente à casa do prefeito Gilberto Kassab. Em 5 de janeiro, a tarifa de ônibus na capital paulista subiu de R$ 2,70 para R$ 3, 00, o que representa um aumento de 76%, mais do que o dobro da inflação do período, que foi de 32,5%, segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), medido pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Durante a campanha eleitoral, Kassab jurou que o preço das passagens ficaria congelado. Ficou por algum tempo. Porém o que ninguém esperava era que, para manter o preço  da tarifa sem aumento,  um  certo tempo, o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (ex DEM, atual PSD), compensaria os empresários com altos subsídios e prejudicaria o trabalhador que depende do transporte coletivo com aumento  abusivo.

Kassab não tem palavra

O aumento contraria uma promessa feita pelo próprio prefeito em agosto de 2008, quando era candidato à prefeitura de São Paulo. Na ocasião, ele prometeu que iria lutar pela gratuidade no transporte público.”O nosso objetivo é tarifa zero. Eu sempre disse que como homem público não vou sossegar enquanto ela não for zero. Eu tenho essa meta de vida”, disse.

E de novo

Não é a primeira vez que o prefeito paulistano enfrenta protesto pelo mesmo motivo. Em  2006, também  levantou uma onda de protestos por toda São Paulo. Com vários conflitos entre estudantes e trabalhadores contra a polícia. O confronto foi tão intenso que o prefeito teve medo de aumentar o preço da passagem.