A história de Saraiva, um tucaninho em campanha

Ontem (18) o candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, foi interrompido por quatro “manifestantes” durante atividade de campanha realizada no Brás. Os quatro rapazes, que se […]

Ontem (18) o candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, foi interrompido por quatro “manifestantes” durante atividade de campanha realizada no Brás. Os quatro rapazes, que se diziam estudantes de universidades federais, seguravam cartazes de protesto pedindo solução para a greve nessas universidades.

Haddad tentou conversar com o grupo, mas a ação parecia orquestrada. E era. Um deles ficava gritando: “Em quanto tempo o senhor resolve? Em quanto tempo o senhor resolve? Em quanto tempo a gente pode voltar a estudar?”

Após a saída de Haddad, um dos manifestantes se colocou à disposição dos jornalistas para entrevistas, onde afirmou: “Ele quer ganhar a eleição, mas não consegue resolver um problema com professor, não consegue fazer um Enem”. Indagado sobre em quem votaria na eleição municipal, o distinto garoto afinou o bico e disse: “Não vou declarar voto porque não sou líder de nada”, afirmou.

Eles podem não ser líderes de nada, mas são manifestantes de nada também. Na verdade, são tucanos em campanha usando os métodos que José Serra sempre usa nas suas campanhas. Quem desvendou o fato foi o pessoal do PenseNovo. Mas como eu gosto de tucaninhos, resolvi dar uma pesquisadinha a mais.

Um deles se chama Marcos Saraiva e tem 20 anos. Novinho para ser tão cara-de-pau. No facebook do “manifestante” nenhuma menção ao fato dele estudar, ou já ter estudado,  em alguma universidade federal. Por outro lado, o que não faltam são referências a sua paixão pelo PSDB. Entre elas, uma foto sua ao lado do senador Alvaro  Dias, líder do PSDB no Senado.

Além de tucano, Saraiva é anti-comunista. Na mesma página no Facebook ele publica um emblema do CCC (Comando de Caça aos Comunistas), grupo de extrema-direita que realizou atentados e agressões contra estudantes, artistas e intelectuais durante a ditadura militar.

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