Ministério Público Federal investiga mancha de óleo em praias da Região dos Lagos

ANP vai vistoriar plataforma da Petrobras que teria risco de vazamento

São Paulo- O Ministério Público Federal (MPF) instaurou nesta terça-feira (10) um procedimento administrativo para esclarecer as causas do vazamento de óleo que atingiu as prias em Cabo Frio e Arraial do Cabo, na Região dos Lagos. Na investigação o órgão vai analisar o eventual dano ambiental e cobrar explicações do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Capitania dos Portos.

O Centro de Defesa Ambiental da Petrobras vai realizar nesta terça uma operação para a retirada de óleo acumulado na areia das cincos praias afetadas. A Capitania dos Portos desconfia que a mancha de óleo seja proveniente de uma limpeza malfeita em tanques de navio. Amostras de água foram coletadas e o laudo sairá em 20 dias.

Prevenção

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que fará uma vistoria na plataforma P-33, da Petrobras, baseada na Bacia de Campos, litoral norte do Rio do Janeiro. A agência resolveu fazer a fiscalização depois de denúncias de que a plataforma tem problemas de infraestrutura e segurança. A Marinha inspeciona plataforma nesta quarta-feira (11).

O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense informou que funcionários da P-33 reclamam do “estado precário, tanto na área de segurança do trabalho, quanto na higiene dos locais de trabalho e descanso” e que há um risco iminente de um acidente fatal.

Depois de um grande vazamento em maio de 2010, a Superintendência Regional do Trabalho do Rio de Janeiro  fez uma vistoria na plataforma e constatou o risco de vazamento em filtros de óleo. Alguns equipamentos foram interditados, mas a Petrobras conseguiu suspender as proibições, através de liminar na 2ª Vara do Trabalho de Macaé.

A estatal afirmou que a P-33 é inspecionada por profissionais habilitados e certificada anualmente desde 1999.

Com informações da Agência Brasil