No Rio, TRT julga dissídio dos vigilantes até 6ª
Na quinta semana de paralisação, sindicato da categoria acusa agências bancárias de abrir com somente um vigilante de plantão
Publicado 26/04/2011 - 17h26
São Paulo – O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio de Janeiro deve julgar o dissídio coletivo dos vigilantes até a próxima sexta-feira (29). A Justiça recebeu as defesas dos sindicatos dos municípios do Rio de Janeiro que continuam em greve de vigilantes nesta semana. Cabe ao TRT estabelecer o índice de reajuste dos cerca de 50 mil vigilantes do estado, que reivindicam 10% de reajuste.
Apesar da paralisação, iniciada em 23 de março em Campos dos Goytacazes, algumas agências bancárias decidiram abrir as portas mesmo com a permanência de apenas um ou nenhum vigilante por meio de liminar da Defensoria Pública acatada pela 1ª Varal Cível. A atividade contraria decisão do desembargador do TRT, Carlos Alberto de Araújo Drummont, que determinou que fossem mantidos 30% dos vigilantes operando internamente.
A medida foi comunicada pela Federação Estadual dos Vigilantes (FEV) à Polícia Federal com o objetivo de reforçar a fiscalização dos bancos. Segundo o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Rio de Janeiro (Sindesp-RJ), as agências bancárias que desacatarem a decisão judicial de funcionarem plenamente terão que pagar R$ 10 mil por dia.
Em nota, o Sindicato dos Vigilantes no Município do Rio de Janeiro (Sindvig) ressaltou que as agências bancárias em operação sem segurança colocam em risco os clientes e funcionários. “De acordo com a Lei Federal 7.102/83, que regula a segurança bancária, os bancos só podem abrir se tiverem no mínimo dois vigilantes”, lembra a nota.
O Sindivg critica as empresas por oferecerem 1,5% de aumento real. O Sindesp-RJ sustenta que um acordo publicado no Diário Oficial em 25 de fevereiro garantiu 14,62% de aumento, “o maior reajuste da categoria no país”.