São Paulo – Os trabalhadores dos Correios decidiram nesta quarta-feira (12) encerrar a greve, que já durava quase um mês, e acatar a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que julgou a paralisação não abusiva e determinou o retorno às atividades na quinta (13). 

“Foi um movimento de que nós, trabalhadores, nos orgulhamos. Agora, acataremos a Justiça de cabeça erguida, com o sentimento de missão cumprida. Por outro lado, a empresa não conseguiu impor todas as suas vontades”, afirmou Elias Cesário de Brito Junior, o Diviza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas dos Correios (Sintect) de São Paulo. Outras assembleias seriam realizadas em todo o país.

Na terça (11), no julgamento do dissídio coletivo, o TST também fixou reajuste salarial de 6,87% na data-base (1º de agosto) e pagamento de R$ 80, a título de aumento real, este mês. O órgão também decidiu pelo desconto de sete dias (a empresa já descontou seis) e compensação dos outros 21 até maio do ano que vem. 

Em nota, a Fentect, federação nacional da categoria, disse que o movimento mostrou “que a ECT não consegue dialogar com os trabalhadores e não consegue chegar  a um acordo negociado”. Os sindicalistas também criticaram declarações do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e do presidente da ECT, Wagner Pinheiro.

Com informações do Sintect-SP