Senador admite desistir de mudança em regras para cobertura de campanha na internet
Azeredo admite que a fiscalização e controle de um veículo de comunicação são 'muitos difíceis. “Mas não é porque é difícil que a gente vai deixar de legislar sobre isso”
Publicado 03/09/2009 - 11h16
Brasília – A polêmica gerada pela mudança nas regras para cobertura jornalística das eleições na internet deve se estender até a próxima semana. Os senadores pretendem votar nesta sexta-feira (4) a reforma política, que envolve esse tema.
Depois de muitas manifestações de protesto de colegas, os relatores da proposta, senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Marco Maciel (DEM-PE), disseram que estão dispostos a mudar o texto aprovado de manhã pelas comissões de Constituição e Justiça e de Ciência e Tecnologia do Senado.
>> Vote na enquete
>> Ou dê a sua opinião
Leia também:
>> Restrição a opinião na internet é ridícula, diz pesquisador
>> CCJ do Senado aprova veto a propaganda eleitoral em blogs
>> Mercadante reconhece falha na minirreforma da CCJ do Senado
Azeredo informou que pretende apresentar uma emenda em plenário, desistindo da mudança. “Eu vou fazer uma emenda de plenário para esclarecer as questões relacionadas à internet, que já há haviam sido aprovadas pela Câmara.”
O senador mineiro chegou a admitir que a fiscalização e o controle de um veículo de comunicação são “muito difíceis”. “Mas não é porque é difícil que a gente vai deixar de legislar sobre isso”, ressaltou Azeredo, que também é autor de uma proposta para combate de crimes cibernéticos.
O grande problema está na tentativa de estender aos sites jornalísticos as regras que atualmente valem para as emissoras de rádio e televisão. Dessa forma, os sites não poderão veicular opinião sobre candidatos e terão que destinar o mesmo espaço a todos os candidatos.
O texto aprovado na quarta-feira (2) na comissão não limita a divulgação de opinião em blogs. Além disso, o texto permite que os sites publiquem anúncios pagos dos candidatos que vão disputar a Presidência da República em 2010.
Pela lei eleitoral em vigor, somente a mídia impressa pode publicar anúncios pagos pelos candidatos.
O senador Aloízio Mercadante disse que vai apresentar uma emenda na próxima terça-feira (8) suprimindo o dispositivo que limita a cobertura das eleições pela internet.
Fonte: Agência Brasil