Com participação de Mantega, reunião sobre mínimo e tabela do IR é adiada para sexta-feira, diz governo

São Paulo – A reunião entre representantes do governo federal e as centrais sindicais marcada para esta quarta-feira (2) foi adiada para sexta-feira (4). O anúncio foi confirmado em nota […]

São Paulo – A reunião entre representantes do governo federal e as centrais sindicais marcada para esta quarta-feira (2) foi adiada para sexta-feira (4). O anúncio foi confirmado em nota oficial da Secretaria Geral da Presidência, que confirmou ainda a mudança do encontro, originalmente marcado em Brasília, para São Paulo. Os motivos envolvem a disposição do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de participar da reunião. Acredita-se ainda que haja conversas internas no governo para definir detalhes de uma eventual proposta.

Na pauta do encontro, estão o reajuste do salário mínimo e a correção da tabela do Imposto de Renda. Outros tópicos, como o aumento dos aposentados que ganham mais do que o piso e a formalização, em lei, da política de valorização do mínimo devem ser trazidos pelos sindicalistas.

Até o último encontro, era Nelson Barbosa, secretário-executivo da Fazenda, quem representava a Fazenda. Não há informações que indiquem se a presença de Mantega representa a apresentação de uma nova proposta para algum dos pontos.

A administração federal já aceita elevar a R$ 545 o salário mínimo, R$ 5 a mais do que o previsto inicialmente de modo a garantir recperação da inflação de 2010. Há ainda disposição de se manter a política de valorização do piso nacional. Não houve, porém, proposta para a correção da tabela de imposto de renda. As centrais reivindicam reajuste da tabela pela inflação.

Além de Mantega, Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, e Carlos Lupi, do Ministério doTrabalho e Emprego, também devem participar.

“Dado que 97% das categorias tiveram aumentos salariais acima da inflação, um avanço importante dos sindicatos, ao não corrigir a tabela, parte disso é comido pelo leão da Receita Federal”, lembrou o presidente nacional da CUT, Artur Henrique, ao Jornal Brasil Atual. Nos últimos três anos, a correção foi feita em 4,5%, índice da meta de inflação prevista pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).