São Paulo – A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Força Sindical ressaltaram a situação do setor industrial em relação aos resultados do PIB, divulgados hoje (6) pelo IBGE. “A Fiesp e o Ciesp (Centro das Indústrias) há muito tempo vêm alertando para os danos que uma indústria fraca pode causar para o total de riquezas que o país produz”, diz nota assinada pelo presidente das entidades, Paulo Skaf.

Por isso, o empresário acredita que o crescimento da economia não deverá ultrapassar 3% este ano, “devido à continuidade do baixo dinamismo da indústria de transformação”. A Fiesp acredita que o setor não crescerá este ano – em 2011, a variação foi de 0,1%.

“Para acelerar o crescimento em 2012, o país dependerá de uma retomada vigorosa da indústria de transformação que, diante das atuais circunstâncias, é pouco provável que aconteça”, afirma Skaf, chamando a atenção para problemas como câmbio e juros elevados e carga tributária considerada elevada, além da “invasão” de importados. “Esses fatores levam à falta de isonomia na competição entre o produto brasileira e o importado, favorecendo a importação, prejudicando a indústria nacional e exportando empregos.”

Já a Força diz que os números do PIB devem servir de alerta para o governo. “Também não podemos nos calar diante dos riscos devastadores da desindustrialização e do crescimento desenfreado das importações, que estão diminuindo nossa produção, fechando empresas e desempregando”, diz nota assinada pelo presidente da central, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP). “O governo precisa, em sintonia e diálogo com os trabalhadores e com todo o setor produtivo, aprofundar a política de fomento à economia, visando, com ações proativas, a um desenvolvimento sustentável.”