O cantor e compositor Sérgio Ricardo completou 80 anos na segunda-feira (18), com a merecida fama de ser um dos mais importantes criadores da música brasileira. Para celebrar, o Sesc Santo André, no ABC paulista, receberá o artista – nascido em Marília, no interior de São Paulo –, acompanhado pelas filhas e cantoras Marina Lufti e Adriana Lufti, além do violonista e violoncelista Lui Coimbra. A festa acontece no sábado (23).

Conhecido como um dos precursores da Bossa Nova, ele é autor das trilhas musicais dos clássicos “Terra em Transe”, “Deus e o Diabo na Terra do Sol” e “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro”, todos dirigidos por Glauber Rocha. É também compositor de músicas conhecidas como “Zelão”, “Nosso Olhar”, “Poema Azul” e “Bouquet de Izabel”. 

Muitas vezes, Sérgio Ricardo é lembrado apenas como o artista que, numa das eliminatórias do Festival da Música Popular Brasileira, transmitido pela TV Record, em 1967, quebrou seu violão e arremessou os pedaços na plateia que o vaiava.

Mas, em sua vasta discografia, estão obras-primas como os discos “Flicts” (1980), trilha da peça musical baseada no livro infanto-juvenil de Ziraldo; e o cordel “Estória de João Joana”, de 2000, musicado pelo maestro Radamés Gnatalli.

“A coerência artística e política de Sérgio Ricardo desagrada aos oportunistas de todos os tamanhos e feitios. Ele passa recibo, tem sangue quente, reage – é um artista de briga, embora seja um doce como pessoa”, declarou, certa vez, Carlos Heitor Cony.

Uma prova é a declaração dada pelo próprio cantor e compositor à Rede Brasil Atual, em 30 de março: “Estamos vivendo uma farsa de um país desenvolvido, que, na verdade, não tem desenvolvimento algum. É algo etéreo, mentiroso, com muitas coisas fantasiadas pela imprensa, pelo sistema de comunicação e pela chamada intelligentsia, que não tem mais quase nada”.

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