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Servidores municipais de SP são recebidos, mas prefeitura não apresenta proposta

Campanha envolve aproximadamente 212 mil trabalhadores. Eles aguardam resposta para a semana que vem

Sindsep

Manifestação diante da prefeitura: servidores querem aumento real e valorização dos pisos

São Paulo – Os servidores municipais de São Paulo devem aguardar até a próxima quinta-feira (10) para que a prefeitura apresente uma proposta para as reivindicações da categoria. Esse foi o resultado da reunião, realizada na tarde de hoje (4), entre as representações sindicais do funcionalismo e o coordenador da mesa de negociação, Christy Ganzert Pato, da Secretaria do Planejamento, Orçamento e Gestão. A data-base dos servidores municipais é 1º de maio.

Em campanha unificada, os servidores foram recebidos após organizar um ato com a participação de aproximadamente 4 mil trabalhadores – entre eles profissionais da saúde, da educação, da Guarda Civil Metropolitana (GCM), engenheiros, arquitetos, agentes vistores, contatores – em frente à sede da prefeitura, na região central.

A pauta – que unifica as reivindicações de aproximadamente 212 mil trabalhadores, da ativa e aposentados –, inclui garantia anual de aumento real (acima da inflação), valorização dos pisos, repúdio à política de transformação de salários em subsídios, fim das terceirizações e alteração da Lei nº 13.303, de 2002, que limita em 40% da receita líquida da prefeitura as despesas com pessoal – eles querem 54%.

“No ano passado o governo assumiu o compromisso de discutir a reorganização e reestruturação de carreiras dos servidores, mas nada foi encaminhado até agora”, disse o presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Sinpeem), Claudio Fonseca.

Setores

Os trabalhadores também continuam com negociações específicas por setor. Os profissionais da educação, por exemplo, têm reunião agendada para segunda-feira (7). “Nós temos garantido projeto aprovado pela Câmara Municipal, em 2011, com reajustes para elevar o piso remuneratório, sendo três reajustes de 10,19% e um reajuste de 13,43%, ao longo de quatro anos. Este ano a prefeitura precisa cumprir o que já foi acordado”, afirmou Fonseca.

Os gestores educacionais pedem uma solução para os problemas de inclusão que ocorre nas escolas, com apoio, acompanhamento e acessibilidade às crianças com algum tipo de deficiência. Também querem o fim das terceirizações em convênios de educação infantil. “As creches são entregues a entidades não governamentais que recebem dinheiro público para prestação de serviço e isso não pode acontecer”, disse o presidente do Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal (Sinesp), João Alberto Rodrigues de Souza.

Os profissionais da Guarda Civil Metropolitana (GCM) rejeitaram o reajuste de 5% oferecido para este ano, a proposta de reestruturação para 2015 e aumento de 10% em 2016.

Os servidores da saúde receberam proposta de 7% neste ano, para os profissionais do nível médio (auxiliar de enfermagem, radiologia, laboratório entre outros), 12% para 2015 e 12% para 2016. Para os trabalhadores do nível técnico, nível universitário, especialistas e médicos, a proposta foi a alteração da forma de pagamento para subsídio. A próxima reunião com os servidores da saúde também será no dia 10.

“Não somos contra que se incorpore as gratificações, mas o problema é que a mudança para subsídio representa elevação salarial nas primeiras faixas e deixa os trabalhadores mais antigos sem valorização. Em alguns casos, o reajuste desses servidores será de 1%. Olhando para essa proposta, há uma insegurança muito grande em relação à política salarial para o futuro, porque não há garantia para reposição de perda salarial” afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), Leandro de Oliveira.

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