São Paulo – Servidores federais anunciaram mobilização nacional por reajuste salarial nesta quarta-feira (8), a partir das 14h. Em nota, o Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate) afirma que enviou ofício à ministra Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, manifestando repúdio à falta de proposta aos servidores na Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) e também em mesas específicas já abertas.

A Mesa Nacional de Negociação Permanente foi instalada pela primeira vez em julho de 2003, no primeiro mandato presidencial de Lula, e foi interrompida em 2016. Ao longo de 14 anos, realizou 175 acordos com entidades representativas dos servidores. As ações beneficiaram cerca de 1,2 milhão de servidores públicos federais ativos, aposentados e pensionistas.

A postura do governo, segundo o Fonacate, atrasa todos os calendários de negociação anteriormente divulgados. E também a abertura de mesas para dezenas de carreiras que aguardam esse espaço para encaminhamento de suas demandas.

“O diálogo promovido nesses espaços deve ser efetivo, e não tratado como meio de protelação indefinida de soluções”, afirma o documento, justificando a mobilização nesta quarta-feira de servidores do Banco Central, fiscais federais agropecuários e agrários, auditores fiscais do Trabalho e da Receita Federal, entre outros.

O Fonacate vai fazer uma transmissão ao vivo pelo seu canal no YouTube, também a partir das 14h, informando sobre as atualizações da Mesa Nacional de Negociação Permanente e com a participação das entidades que aprovaram o dia de mobilização.

“O final do ano está chegando e o governo ainda não apresentou qualquer sinalização de recomposição salarial para 2024. É hora de protestar!”, disse o presidente do Fonacate, Rudinei Marques.

O governo federal reservou cerca de R$ 1,5 bilhão no Orçamento de 2024 para o reajuste dos servidores públicos. Segundo a entidade, o valor corresponderia a 1% de correção salarial no ano que vem. No início do atual mandato, governo e servidores fecharam o primeiro acordo desde 2016, com reajuste linear de 9%.