Acordo?

Assembleia dos motoristas de São Paulo avalia proposta do TRT

Tribunal ofereceu índice equivalente à inflação em duas vezes, a primeira retroativa à data-base

Reprodução
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Trabalhadores têm data-base em 1º de maio. Pandemia prejudicou negociações

São Paulo – Motoristas e cobradores de São Paulo devem realizar assembleia nesta quarta-feira (28) para avaliar proposta de reajuste salarial relativo à data-base da categoria, 1º de maio. Em audiência de conciliação iniciada na sexta-feira e concluída ontem (26), o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) propôs 4% agora, retroativos a maio, e mais 3,59% em janeiro do ano que vem. A tendência é de aprovação da proposta.

A reivindicação da campanha salarial da categoria era de reajuste de 7,59%, índice correspondente ao INPC acumulado em 12 meses, até abril (véspera da data-base). E vale-refeição de R$ 28, ante os R$ 25,20 atuais, o que corresponde a um aumento aproximado de 11%.

“A proposta não é boa, mas é o que temos para o momento”, disse o secretário-geral do SindMotoristas, Francisco Xavier da Silva, o Chiquinho, lembrando do contexto de pandemia. “O momento é delicado, e a gente tem que ter responsabilidade”, acrescentou.

Os 7,59% correspondem à variação do INPC em 12 meses, até abril, véspera da data-base. A princípio, as empresas ofereciam aos motoristas e cobradores de São Paulo apenas 4%, índice rejeitado pelos sindicalistas.

De acordo com Chiquinho, as cláusulas sociais do acordo coletivo são mantidas. E o vale-refeição passa de R$ 26,30 para R$ 28,19, reajuste de 7,2%, que seria aplicado imediatamente.