Metalúrgicos

Mobilização no ABC paulista conta com adesão de 50 mil trabalhadores

Principal ato, realizado na Praça da Matriz, em São Bernardo, teve a presença de 20 mil trabalhadores. Presidente da CUT critica agenda econômica que prevalece no país

SMABC

Mobilização pede a manutenção de direitos trabalhistas frente ao projeto que quer aprovar terceirização ilimitada

São Paulo – O ABC paulista começou a manhã de hoje (29) com dezenas de mobilizações de trabalhadores do Dia Nacional de Paralisação. Conforme informações dos sindicatos, 50 mil trabalhadores participaram de atividades na região e, destes, 20 mil estiveram presentes na Praça da Matriz de São Bernardo, local do principal ato.

“A agenda econômica que está sendo adotada é aquela do candidato à direita, que nós derrotamos nas urnas. Não podemos esquecer de pedir que a presidenta Dilma vete o projeto que libera a terceirização total e que, ao contrário, aprove a mudança na Previdência. As MPs (medidas provisórias) 664 e 665 são ruins, pois retiram direitos de vocês. Mas junto com elas veio uma mudança boa, que é a aprovação da fórmula 85/95. A Dilma precisa sancionar este ponto”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, durante passeata no centro de São Bernardo.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, ressaltou a importância da manifestação, num momento em que, na sua avaliação, está em jogo, no País, uma disputa pela agenda econômica e social do governo. “Nossa manifestação foi um grande sucesso. Todos em defesa dos seus direitos e querendo o melhor para o Brasil. Os companheiros metalúrgicos, mais uma vez, demonstraram sua capacidade de luta. Ficou claro que os trabalhadores querem a mudança imediata dessa pauta que hoje está influenciando a agenda econômica. Nossa agenda é a do emprego”, disse.

Os metalúrgicos do ABC fizeram concentração na sede do sindicato da categoria, em São Bernardo do Campo, vindos de diferentes fábricas da região. De lá, partiram em caminhada em direção à Praça da Matriz. Os químicos também começaram cedo suas manifestações com “trancaço” na porta das empresas Lipson, em Diadema, Colgate, em São Bernardo, e na Oxiteno e na Solvay, em Santo André. Os petroleiros fizeram manifestação na refinaria de Capuava.

Com informações do jornal ABCD Maior