Metalúrgicos da GM de São José esperam apoio do prefeito para impedir demissões

Sindicato pediu reunião com Carlinhos de Almeida (PT) com esperança de encontrar solução para pouco mais de 1.800 dispensas

São Paulo – O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior paulista, aguarda resposta do prefeito Carlinhos de Almeida (PT) a um pedido de reunião nesta quinta-feira (10) para discutir alternativas que impeçam a demissão de 1.840 trabalhadores da fábrica da General Motors. A reunião não foi confirmada pela prefeitura.

Nesse mesmo dia, às 9h, os trabalhadores vão realizar assembleia na porta da fábrica, para discutir as reivindicações e organizar as próximas manifestações. De lá, seguirão em passeata para a porta do prédio da prefeitura, no centro da cidade, onde pretendem esperar o resultado da reunião com o prefeito.

“Gostaríamos que o prefeito Carlinhos recebesse o sindicato e uma comissão de trabalhadores da GM para tratarmos da defesa desses empregos em nossa cidade”, disse o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá. 

Ao todo, 1.840 trabalhadores correm o risco de ser demitidos em decorrência do fechamento do setor de Montagem de Veículos Automotores, onde é feito o modelo Classic, cuja produção será transferida para a Argentina. Em novembro, a empresa e o sindicato negociaram a prorrogação do lay-off (suspensão do contrato de trabalho) de 970 trabalhadores até o próximo dia 26.

Durante a campanha eleitoral, Carlinhos participou de manifestações dos trabalhadores e se comprometeu a defender os empregos dos metalúrgicos, segundo o sindicato. No final do ano passado, a entidade já havia enviado um ofício ao então prefeito, Eduardo Cury (PSDB), pedindo reunião sobre o caso, o que não ocorreu. O secretário-geral do sindicato, Luiz Carlos Prates, o Mancha, disse que “a expectativa é que, desta vez, a reunião aconteça”.

O encontro solicitado pelo sindicato não prevê a participação da GM. A assessoria de imprensa afirmou que a empresa não chegou a falar em demissões, mas em um excedente de 1.800 trabalhadores, comunicado ao sindicato em agosto passado. De acordo com a empresa, serão realizadas mais três reuniões entre a diretoria e o sindicato para buscar alternativas para a fábrica, nos próximos dias 16, 18 e 23.

 

Leia também

Últimas notícias