negociação

Metalúrgicos da CUT e empresa assinam acordo coletivo válido para nove estados

Dois mil trabalhadores da ThyssenKrupp Elevadores, representados por 27 sindicatos, terão o mesmo valor de PLR

Mara Grabert/CNM

Paulo Cayres: esse é o passo inicial para construção de acordo com abrangência nacional

São Paulo – A Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT assinou hoje (16), pela primeira vez, um acordo coletivo de abrangência nacional. O acordo é válido para 2 mil trabalhadores da ThyssenKrupp Elevadores em nove estados. Eles passam a ter igualdade para condições de pagamento pela participação nos lucros ou resultados (PLR). O documento, assinado na sede da entidade, em São Bernardo do Campo, região do ABC paulista, é válido até 2016.

“A confederação nasceu com esse propósito, de unificar os direitos dos trabalhadores e não ter regiões com empregados subvalorizados. Se eles exercem as mesmas funções, devem ter os mesmos direitos”, disse o presidente da CNM-CUT, Paulo Cayres.

O acordo atinge metade dos trabalhadores da ThyssenKrupp Elevadores no Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. A empresa tem 4 mil funcionários no país, representados por 51 sindicatos, filiados a diferentes centrais. Na base da CUT, a ThyssenKrupp tem uma fábrica em Guaíba (RS), com 700 trabalhadores, e 1.300 empregados em áreas administrativas, em diversos municípios.

A empresa surgiu em 1945, sob o nome de Elevadores Sûr, em que em 1999 foi comprada pelo grupo alemão ThyssenKrupp. A denominação atual é de 2002.

“Esse passo inicial estabelece uma aproximação, para que a gente não fique em lutas individualizadas e possamos construir um acordo com alcance nacional”, disse Cayres.

Outras categorias

A categoria bancária, formada atualmente por 512 mil trabalhadores, conquistou em 1992 a convenção coletiva de trabalho, que igualou os direitos em nível nacional. Petroleiros e funcionários dos Correios também têm acordo único.