São Paulo – Para marcar o Dia do Trabalho, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou hoje (1º) mensagem aos trabalhadores reforçando que a situação política e econômica pela qual passa o Brasil exige que se dê atenção especial à defesa, consolidação e ampliação dos direitos dos trabalhadores.

“Tramitam no Congresso Nacional a Medida Provisória 664/2014, que trata de mudanças nas regras de acesso ao auxílio-doença e à pensão por morte e a Medida Provisória 665/2014, que trata do seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso, no caso dos pescadores. Elas representam uma ameaça aos trabalhadores. A lei que permite a terceirização do trabalho não pode negar ou restringir o direito dos trabalhadores”, diz um trecho da mensagem.

A entidade também manifestou sua preocupação com o número de trabalhadores que ainda estão em regime de escravidão. “Urge que a Proposta de Emenda Constitucional 57/1999, já aprovada no Senado, embase a punição legal às empresas que fazem uso da mão de obra escrava. Não podemos mais conviver com essa realidade que atenta contra a dignidade da pessoa humana.”

Arquidiocese de SP

A tradicional Missa do Trabalhador, em memória de São José, o santo operário, foi realizada nesta sexta-feira na catedral da Sé, no centro de São Paulo, com a participação de membros da Pastoral da Rua e comunidades migrantes, que portavam cartazes com os dizeres “Somos todos, latinos, migrantes, africanos, haitianos, nordestinos, cidadãos do mundo”, “Não ao trabalho escravo”, “Tenemos derechos (temos direitos)” e “Criança não trabalha”, entre outras. Depois da missa, por volta das 10h, parte do público se juntou ao ato organizado na praça da Sé por militantes da CSP-Conlutas e Intersindical.

Com reportagem de Vitor Nuzzi