São Paulo – O Comando Nacional do Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) iniciaram na terça-feira (23) as negociação da campanha salarial deste ano. O início dos debates foi pautado por melhores condições de trabalho, com foco no fim do assédio moral. No primeiro encontro, foram abordados assuntos como a saúde do trabalhador e a imposição de metas abusivas.

Para Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que faz parte do Comando Nacional dos Bancários, o debate já representa o avanço conquistado pelos trabalhadores que reivindicam a alguns anos. E comprova o resultado: “Há algum tempo os bancos sequer reconheciam que o assédio moral existia”, afirmou Moreira.

Os bancos se comprometeram a fazer o treinamento dos gestores abordando o tema, por outro não aceitam negociar o conteúdo de tais treinamentos, dificultando a tomada de decisões. “Há bancos que já tem cartilhas sobre o tema com conteúdos bastante inadequados, que não vão ajudar no combate ao assédio. Por isso é tão importante que os trabalhadores possam interferir na formulação desses materiais de treinamento”, explicou Juvandia.

O assédio moral e as metas abusivas são os principais problemas enfrentados pelos bancários nos locais de trabalho, segundo apuração feita pela em âmbito nacional pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Além desta, mais quatro reuniões estão agendadas para que todas os problemas apresentados pelos bancários sejam discutidos e solucionados. Nos dias 1º e 2 de setembro, saúde do trabalhador e a segurança bancária estão em pauta. Na outra semana, dias 8 e 9 de setembro, o foco é empregos. Finalizam-se as discussões, nos dias 15 e 16 de setembro, com remuneração dos bancários.