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Metalúrgicos da Ford em Taubaté aprovam proposta de indenização

Votação foi realizada na fábrica, com 53% dos trabalhadores a favor do acordo e 46% contrários

Sind. Met. Taubaté
Sind. Met. Taubaté
Proposta negociada e aprovada prevê salários adicionais, além das verbas rescisórias

São Paulo – Trabalhadores na Ford de Taubaté, no interior paulista, aprovaram proposta de um plano de demissão incentivada (PDI) negociada entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos da região. A montadora já anunciou o encerramento de suas atividades no Brasil.

De um total aproximado de 800 funcionários diretos, 630 participaram da votação, segundo o sindicato. Na apuração, foram registrados 336 votos favoráveis à proposta (53,33%) e 291 contrários (46,21%). Houve ainda dois votos em branco e um nulo. “A indenização é uma compensação aos trabalhadores pelo encerramento das atividades da Ford em Taubaté”, afirmam os metalúrgicos, informado que a proposta foi resultado de 25 rodadas de negociação.

Além das verbas rescisórias, a empresa pagará aos horistas (ligados diretamente à produção) indenização equivalente a dois salários adicionais por ano trabalhado. Para os mensalistas (administrativos), um salário extra. O acordo prevê ainda abertura de um programa de qualificação.

Depois que a Ford anunciou o fim das atividades no Brasil (o que incluir as fábricas de Camaçari, na Bahia, e Horizonte, no Ceará), o sindicato de Taubaté organizou vigília diante da fábrica e vários protestos. Em fevereiro, a entidade reuniu-se virtualmente com a direção mundial da montadora, que se mostrou irredutível na decisão do fechamento. Em 2019, a fábrica já havia encerrado a produção na fábrica de São Bernardo, no ABC paulista.