Em todo o Brasil

Vendedores ambulantes se organizam por direitos e reconhecimento profissional

Em evento na Grande São Paulo, lideranças de diversas regiões do país discutem a situação destes trabalhadores e exigem políticas por partes dos estados e municípios

Fernando Frazão/EBC
Fernando Frazão/EBC
Aumento do desemprego tem levado mais brasileiros às ruas e à informalidade que, sem direitos, ficam também expostos à truculência policial e à precariedade

São Paulo – Até sexta-feira (12), camelôs, feirantes e vendedores ambulantes de diversas regiões do Brasil se reúnem em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, para discutir a situação da categoria e exigir a regularização de seus postos de trabalho. De acordo com as lideranças, o aumento do desemprego tem levado cada dia mais brasileiros às ruas e à informalidade, mas, sem direitos e muitas vezes vítimas da truculência policial, as condições de trabalho ficam ainda mais precárias diante da falta de reconhecimento e oficialização do emprego.

Presidenta da Associação Jaciara, que representa trabalhadoras, trabalhadores e feirantes, Valdina de Assis Andrade descreve que a rotina dos que se arriscam na informalidade chega a ser exaustiva. Vendedora ambulante na região central da capital paulista, dona Valdina destaca que a jornada é ainda mais pesada para as mulheres. “É levantar às 3 horas da manhã para cuidar da alimentação das crianças, mandar para escola e, depois, comprar a mercadoria para ir trabalhar e ainda sofrer danos morais e físicos todos os dias”, afirma a presidenta.

Ao repórter Jô Miyagui, do Seu Jornal, da TVT, a deputada estadual Jô Cavalcante (Psol-PE) explica que é importante a criação de leis de formalização da categoria. Camelô de profissão e cumprindo seu primeiro mandato, ela ressalta que “em meio a essa conjuntura atual” é preciso que os estados e municípios façam reconhecimento desses trabalhadores. A secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Junéia Batista destaca ainda que as centras sindicais precisam encampar as lutas dos trabalhadores informais. “Queremos aprofundar isso mais no Congresso para a gente sair com essa disposição de trazer esses trabalhadores para dentro da CUT”, afirma.

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