CNQ-CUT

Químicos se reúnem em congresso para debater resistência contra ataques a direitos

Encontro em São Paulo também vai escolher a nova direção da Confederação da categoria

Divulgação/CNQ-CUT

Presidenta Lucineide Varjão frisou a necessidade dos trabalhadores se articularem internacionalmente

São Paulo – Trabalhadores da indústria química se reúnem em São Paulo até sexta-feira (14) no 8º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico (CNQ-CUT) para discutir formas de organização e resistência aos ataques promovidos pelo governo Temer aos direitos trabalhistas, civis e humanos. 

“A fome não está voltando, a fome voltou. Nós temos que discutir isso com os companheiros e com as companheiras neste congresso”, afirmou a presidenta da CNQ-CUT, Lucineide Varjão.

O evento conta com a participação de 238 delegados de todo o país, e também marca os 25 anos de existência da CNQ-CUT. A categoria também deverá escolher a nova diretoria que comandará a entidade nos próximos quatro anos.

Para além da realidade nacional, Lucineide aponta que as transformações que afetam negativamente o Brasil fazem parte de uma conjuntura mais ampla, e destaca a necessidade de os trabalhadores também se articularem internacionalmente. 

“A gente acabou de sair de uma mesa de análise de conjuntura, onde vimos que perpassa não só pelo Brasil essas transformações. Estão acontecendo no mundo inteiro, e o movimento sindical precisa se organizar. O capital já está organizado, então nós precisamos dar esse levante de enfrentamento”, afirmou a presidenta, em entrevista à repórter Michelle Gomes, para o Seu Jornal, da TVT

“São vários os países em que a gente diz que os governos são meras marionetes dos grandes capitalistas, das grandes empresas transnacionais, que querem mudar a legislação dos países para baratear a mão de obra. É esse o papel que o governo ilegítimo e golpista está desempenhando em nome desses interesses”, destacou Valter Sanches, secretário-geral da IndustriALL (federação internacional que reúne trabalhadores da indústria), fazendo menção à proposta de reforma trabalhista do governo Temer aprovada pelo Senado na última terça-feira (11).

Assista à reportagem do Seu Jornal: