Greve encerrada

Acordo na Eletrobras prevê aumento real que chegará a 2,5% em 2014

Reajuste prevê reposição de inflação agora e no ano que vem, acrescido de 08% (retroativo a maio), 0,7% em janeiro e 1% em setembro de 2014. Demais cláusulas do acordo serão renovadas até 2015

FNU/CUT

Paralisação iniciada em 15 de julho não afetou fornecimento de energia aos consumidores

São Paulo – Em assembleias realizadas ontem (8) representantes dos trabalhadores das 15 empresas do grupo Eletrobras aprovaram proposta de acordo coletivo apresentada pela holding, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), e encerraram a greve iniciada em 15 de julho. As atividades foram retomadas hoje de manhã.

Após três rodadas de negociações com a empresa e duas audiências de conciliação no TST, será celebrado acordo coletivo com validade de dois anos. A reposição salarial será de 6,5% (IPCA acumulado em 12 meses, até maio, data-base da categoria), Ficou ainda acertado aumento real de 2,5%, sendo 0,8% retroativo a maio, 0,7% a partir de janeiro de e 1% em setembro de 2014. Em maio do ano que vem, os trabalhadores recebem novo reajuste com base no IPCA, que também será aplicado para a correção de verbas como vales alimentação e refeição.

Os trabalhadores receberão a título de abono quatro talões de vale-alimentação, no valor total de R$ 3 mil, pagos 30 dias após assinatura do acordo, e mais quatro talões em maio de 2014. São renovadas ainda todas as demais cláusulas do acordo passado para os próximos dois anos e fica mantido o pagamento do adicional de periculosidade negociado em dezembro de 2012.

“Diante do enfrentamento que tivemos é uma conquista da categoria, porque mantém a trajetória das conquistas de aumento real que tínhamos desde o governo Lula. Protege nossos benefícios”, afirma o presidente da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Franklin Moreira.

Para Moreira o acordo de dois anos permite discutir com mais tranquilidade o futuro dos trabalhadores e o papel que a empresa vai cumprir. Entre os próximos passos está a tentativa para resolver as distorções existentes em relação ao Plano de Cargos, Carreira e Remuneração. “São muitas diferenças de conquistas, instaladas desde o período FHC, que vivemos um tempo de destruição”.

Os dias parados na greve deverão ser compensados, até um total de cinco. O restante será abonado pelas empresas.