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Combate à terceirização é destaque na pauta dos petroleiros

A categoria tenta igualar as condições de trabalho entre os 83 mil contratados diretos e os 350 mil terceirizados

FUP/Divulgação

De cada quatro empregados que trabalham Petrobras, apenas um é contratado diretamente pela empresa

São Paulo – Atualmente, o sistema Petrobras possui cerca de 83 mil trabalhadores e mais de 350 mil terceirizados. As negociações com a empresa e as subsidiárias são divididas por temas, como benefícios, assistência médica, Petros (fundo de pensão), relações sindicais, emprego, remuneração, entre outros. Saúde, segurança e terceirização estão entre os itens prioritários, uma vez que mais de 80% dos acidentes com vítimas fatais ocorrem entre os terceirizados. A categoria tenta igualar as condições de trabalho entre os contratados diretos e os terceirizados.

“A cada dez mortes, oito são de terceiros. A Petrobras tem muita resistência em discutir esse assunto e tenta transferir a responsabilidade para a empresa contratada, mas nós vamos continuar insistindo a discutir o que chamamos de irresponsabilidade social da empresa”, afirma o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes.

Na entrega da pauta, no último dia 6, os trabalhadores cobraram o pagamento antecipado da inflação, com base no ICV/Dieese, estimada em 6,6% em 12 meses. A reivindicação da FUP é de que os salários já tenham a inflação antecipadamente corrigida na folha de setembro, seguindo o que ocorreu nos dois últimos acordos coletivos.

A categoria, com data-base em 1º de setembro tem acordo coletivo válido por dois anos, com negociação anual para as questões econômicas. Em 2014, os petroleiros têm garantidas todas as cláusulas da assinatura do acordo deste ano e discutirão apenas remuneração. O pagamento da PLR é negociado separadamente, após a assinatura do acordo, para janeiro do ano seguinte.

Em balanço divulgado pela Petrobras na sexta (9), a empresa teve lucro líquido de R$ 13,84 bilhões no primeiro semestre. O valor é 77% maior ao obtido nos seis meses anteriores. “É importante destacar que 23% do lucro está no setor operacional, que tem maior participação dos trabalhadores. Diante desse resultado, temos uma expectativa bastante positiva para que tenhamos uma boa campanha”, afirma Moraes.

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