Transporte público

Metroviários de São Paulo decidem suspender greve programada para esta terça-feira

Trabalhadores rejeitaram proposta, mas voltarão a negociar, assim como os ferroviários da CPTM. Categorias, juntamente com os funcionários da Sabesp, ameaçam parar atividades a partir de 4 de junho

William Volcov/Brazil Photo Press/Folhapress

A categoria decidiu esperar nova proposta do Metrô após conseguir avançar no índice de reajuste

São Paulo – Os metroviários de São Paulo resolveram suspender a greve prevista para amanhã (28) e prosseguir nas negociações. A decisão saiu em assembleia realizada agora à oite na sede do sindicato da categoria, no Tatuapé, zona leste da cidade. Eles rejeitaram proposta feita pela Companhia do Metropolitano (Metrô), que aumentou o índice de reajuste na data-base (1º de maio) de 5,37% para 6,42%, mas esperam nova proposta da empresa.

Segundo o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior, a empresa informou que está “conversando com o governador (Geraldo Alckmin) e com o secretário de Transportes Metropolitanos (Jurandir Fernandes) para apresentar nova proposta”. A categoria fará nova assembleia na próxima segunda-feira (3), com indicativo de greve para o dia seguinte. Os ferroviários também voltarão à mesa de negociação.

“A proposta é um avanço, mas muito pouco”, afirmou Altino durante a assembleia. “Dissemos na mesa que é inaceitável”, acrescentou. Entre outros itens, a oferta do Metrô inclui ainda reajustes para de 11,51% no vale-refeição (para R$ 25,65) e de 13,62% no vale-alimentação (para R$ 247,69).

Em audiência de conciliação, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) apresentou proposta de 7,16% – nova reunião será realizada no início da semana que vem. “O Metrô conta com o bom senso da categoria em respeitar solicitação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que prevê suspensão do movimento até a próxima segunda-feira, quando será feito novo encontro para negociação entre as partes”, disse a companhia em comunicado.

Entre os ferroviários, um dos sindicatos que negociam com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) assinou acordo que prevê reajuste de 6,97%, entre reposição e aumento real. Os outros dois (Central do Brasil e da Sorocabana, que representam trabalhadores de quatro linhas) rejeitaram a proposta. Nova reunião está prevista para amanhã, às 14h.

Outra categoria em campanha salarial, a dos funcionários da Sabesp, também fará assembleia na segunda e ameaça parar no dia seguinte.