Sem acordo

Servidores municipais da Educação mantêm greve em São Paulo

Em assembleia realizada no Viaduto do Chá, em frente ao prédio da prefeitura, no centro, trabalhadores decidiram fazer nova reunião na próxima terça-feira (14)

Mariana Topfstedt/Sigmapress/Folhapress

Categoria está parada desde o dia 19 de abril

São Paulo – Servidores públicos municipais da Educação de São Paulo decidiram em assembleia hoje (8) manter a greve iniciada no dia 19 de abril. Na próxima terça-feira (14), eles farão nova reunião em frente à prefeitura, no Viaduto do Chá, no centro, para decidir sobre o rumo do movimento.

Os trabalhadores da Educação, que representam a maior parte do cerca de 140 mil servidores municipais (cerca de 85 mil), reivindicam reajuste de 10,19%. Segundo o presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Sinpeem), Claudio Fonseca, a adesão à greve é de cerca de 40%.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, a adesão à greve é pequena, mas não há um balanço fechado de todas as áreas da cidade.

Ontem, representantes da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, se reuniram com os presidentes dos 38 sindicatos das categorias que compõem os trabalhadores do serviço público municipal e apresentaram uma nova proposta para a campanha salarial.

Diante da resistência dos sindicatos em acatar um artigo do protocolo de negociação que condicionava o reajuste linear de 11,46%, em três parcelas iguais a serem pagas entre 2014 e 2016, à não reivindicação de novos índices nos próximos três anos e de só apelar para greves depois de esgotados todos os recursos no sistema de negociação permanente (Sinp), a prefeitura definiu que um novo documento será redigido, com as reivindicações dos  sindicatos, e apresentado às entidades na sexta-feira (10) na reunião prevista para a assinatura do acordo.

“Se a inflação no próximo ano ficar acima de 3,683%, por exemplo, os trabalhadores teriam perdas em seus salários e não poderiam nem se manifestar, nem fazer greve”, disse Fonseca.

Os 38 sindicatos acataram a proposta da prefeitura sobre os novos pisos salariais para os servidores, R$ 755 para o nível básico, R$ 920 para o nível médio e R$ 1.380 para o nível superior.