Em São Paulo, distribuidores de gás em greve vão ao Tribunal nesta terça

São Paulo – Em greve desde 29 de outubro, os empregados do setor de engarrafamento e distribuição do gás de cozinha do estado de São Paulo, com data-se em 1º […]

São Paulo – Em greve desde 29 de outubro, os empregados do setor de engarrafamento e distribuição do gás de cozinha do estado de São Paulo, com data-se em 1º de setembro, têm duas audiências na tarde de hoje (13). A primeira, de conciliação, ocorre desde as 14h no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas, com os trabalhadores de Paulínia, São José do Rio Preto, Presidente Prudente e São José dos Campos. Às 17h, no TRT de São Paulo, será julgada a greve na capital, região do ABC e Santos.

A paralisação no setor já afeta a distribuição de gás na capital. A reportagem da RBA entrou em contato com empresas revendedoras de gás de cozinha nas quatro regiões da cidade. Todas informaram que não havia botijões em estoque e nenhum prazo para retomada do abastecimento.

A diretora do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios, Derivados de Petróleo de São José dos Campos e Região (SindMinérios) Valéria Medeiros ponderou que a falta do produto decorre de redistribuição feita pelas empresas. “Estamos cumprindo a determinação judicial de manter 40% da força de trabalho em atividade. As empresas podem estar redistribuindo o gás para suprir determinadas áreas e, com isso, fica faltando o produto em regiões de grande demanda”, detalha.

As rodadas de negociação começaram em setembro. Após quatro reuniões sem avanços, os sindicalistas foram informados de que o sindicato patronal (Sindigás) encerraria as negociações. “Os trabalhadores, então, decidiram parar para garantir os direitos”, diz Valéria. Na última quinta-feira (8), em audiência no TRT de São Paulo, não houve acerto entre empregados e empresas.

A categoria reivindica reajuste salarial de 7,39%, cesta básica de R$ 310, vale refeição de R$ 23 (o atual é de R$ 19) e aumento de 210% da participação nos lucros ou resultados (PLR). Os patrões propõem 6% de reajuste e 160% de aumento da PLR.