Reajuste de 1% faz servidores de Salvador pararem

Prefeitura apresenta proposta alegando que há dificuldades no caixa devido à crise econômica

Os servidores municipais de Salvador realizam esta semana caminhadas diárias pela cidade para levantar a discussão sobre as reivindicações apresentadas à prefeitura.

A pauta com os pedidos da categoria foi entregue à administração municipal em seis de abril e, depois de um longo período sem respostas, as conversas foram iniciadas na segunda-feira (15). Mas a proposta de reajuste salarial de 1% gerou irritação entre os funcionários, que na manhã seguinte decidiram pela greve por tempo indeterminado – paralisações já vinham ocorrendo nas últimas semanas.

“A prefeitura tentou sinalizar com esse percentual alegando crise econômica, quando na verdade o que arrecadou é suficiente para cobrir o aumento”, afirma Gustavo Mercês, diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Salvador (Sindseps).

Os funcionários querem um reajuste de 50% sobre um piso salarial a ser negociado. As outras duas reivindicações são a melhoria das condições de trabalho e o fornecimento de plano de saúde para a categoria. Ao todo, são 22 mil servidores municipais e o Sindseps destaca que apenas os serviços essenciais serão mantidos.