Casa Branca quer acordo nesta segunda para evitar moratória

Teto da dívida precisa ser elevado antes de 2 de agosto. Negociação segue

Obama quer cobrar impostos dos mais ricos; republicados preferem cortar programas sociais (Foto: Pete Souza / Divulgação Casa Branca)

São Paulo – As negociações para a elevação do limite de endividamento público dos Estados Unidos entre o governo e líderes republicanos da Câmara dos Representantes seguem sem novidade. Oito dias antes do fim do prazo de 2 de agosto, o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, afirmou que considera necessário que o acordo seja alcançado ainda nesta segunda-feira (25). O objetivo é evitar que o país entre em moratória, quer dizer, deixe de pagar dívidas assumidas anteriormente.

Em 16 de maio, os Estados Unidos alcançaram o teto legal de endividamento público, de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões), equivalente a 92% do Produto Interno Bruto (PIB) de um ano. À época, foram adotadas medidas temporárias, como a suspensão de investimentos em fundos de pensão. Mesmo assim, esse limite seria alcançado em 2 de agosto.

O presidente Barack Obama está envolvido diretamente nas conversas com os representantes – equivalentes aos membros da Câmara dos Deputados brasileira. O republicano John Boehner é o principal expoente da oposição. “Eles precisam de um projeto que, com total certeza, seja aprovado nas duas casas do Congresso”, disse Geithner entrevista à rede de TV norte-americana ABC.

Ele mostra-se otimista, mas o prazo está no fim. “Existe muita política envolvida, mas tem de ser feito, não há escolha, não há alternativas, o fracasso não é uma opção”, insistiu o secretário do Tesouro. A dificuldade está em driblar as divergências motivadas pela perspectiva eleitoral de 2012, para a qual Obama é pré-candidato à reeleição, e por diferenças ideológicas.

Democratas preferem elevar tributos para os mais ricos e manter investimentos em programas sociais. Obama defende eliminar cortes de impostos criados ainda no governo do presidente George W. Bush. Os republicados defendem cortes orçamentários e ajuste fiscal.

Uma eventual falta de recursos para pagar a dívida representaria uma quebra de confiança importante nos mercados financeiros. Os juros dos Estados Unidos provavelmente seriam elevados, para “compensar” com remuneração maior os riscos assumidos pelos investidores. Uma medida assim criaria novos entraves à recuperação da economia norte-americana.

Com informações da Agência Brasil

Leia também

Últimas notícias