Khadafi acusa coalizão internacional de promover ofensiva bárbara

Brasília – O presidente da Líbia, Muammar Khadafi, apelou nesta terça-feira (29) para que as forças de coalizão – lideradas pelos Estados Unidos, a França e Grã-Bretanha – encerrem a […]

Brasília – O presidente da Líbia, Muammar Khadafi, apelou nesta terça-feira (29) para que as forças de coalizão – lideradas pelos Estados Unidos, a França e Grã-Bretanha – encerrem a “ofensiva bárbara e injusta” contra o país. Khadafi se referiu aos ataques aéreos promovidos pelos líderes internacionais, seguindo a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, definindo a imposição de uma zona de exclusão (aérea) na região.

As informações são da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa, e da BBC Brasil.

“Parem a ofensiva bárbara e injusta contra a Líbia”, afirmou Khadafi em mensagem, segundo a  agência oficial líbia, a Jana. No texto, Khadafi pediu que a Líbia seja deixada aos líbios e alertou a comunidade internacional que ela está envolvida numa “operação de extermínio de um povo em segurança e de destruição de um país em desenvolvimento”.

Desde o último dia 19, as forças de coalizão promovem ataques à Líbia. Os líderes internacionais alegam que estão protegendo os civis das agressões de Khadafi. Segundo os líderes, não há possibilidade de haver intervenção por terra.

Uma reunião extraordinária para discutir a crise na Líbia ocorre hoje em Londres, na Grã-Bretanha.
A reunião conta com a presença de delegações de cerca 35 países e de representantes órgãos internacionais, como a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.

O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, disse esperar que o encontro garanta ”o máximo de unidade política e diplomática”. Em comunicado conjunto, a Grã-Bretanha e a França conclamaram correligionários do líder líbio a abandoná-lo ”antes que seja tarde demais”.

Foragidos

Cerca de mil imigrantes, procedentes principalmente da Tunísia e da Líbia, chegaram na madrugada desta terça (29) à costa da Itália, nas regiões da Sicília e de Lampedusa. No grupo havia também imigrantes da Eritreia, da Somália e de outros países da África, mas todos informaram que tentavam escapar dos conflitos armados.

As informações são da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa. Segundo as autoridades, os imigrantes chegaram a bordo de várias embarcações. Em uma delas, um pesqueiro com cerca de 35 metros de comprimento, havia 500 pessoas. No barco estavam muitas mulheres e crianças, de acordo com os guardas policiais.

Uma das embarcações encalhou nas rochas perto da costa. Mais 450 imigrantes chegaram em três embarcações à Lampedusa – a pequena ilha italiana onde já desembarcaram aproximadamente 20 mil clandestinos, principalmente tunisianos.