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Vacinação contra gripe começa segunda-feira na cidade de São Paulo

Secretaria de Saúde antecipou o início da primeira etapa da campanha de vacinação para a população mais vulnerável

Fernando Pereira/SECOM

Padilha: ‘Quando você vacina toda a população os mais vulneráveis acabam não sendo os primeiros’

São Paulo – A prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Saúde, divulgou hoje (8) um relatório com dados do avanço da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na capital, segundo o qual o vírus H1N1 infectou 201 pessoas, matando 17. No ano passado, foram 12 casos, sem mortes.

Para reverter este quadro, a secretaria anunciou que começa segunda-feira (11) a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. A data foi antecipada do fim do mês a pedido da gestão do município. Neste momento inicial, serão imunizados os idosos com mais de 60 anos, crianças com idade entre seis meses e cinco anos, gestantes, população indígena e profissionais da saúde.

As vacinas serão ministradas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além de 87 sedes da Assistência Médica Ambulatorial (AMA). “Quando você faz vacinação para toda a população, os mais vulneráveis, quem mais precisa, acabam não sendo os primeiros vacinados, porque eles não podem chegar às 4h da manhã em uma clínica”, afirmou o secretário de Saúde, Alexandre Padilha.

Na segunda etapa, a partir do dia 18, devem ser imunizadas mães que tiveram filhos nos últimos 45 dias e pessoas com doenças crônicas. Das 17 mortes registradas, 14 pacientes registravam outras doenças. A meta é de vacinar 80% do público mais vulnerável após esta fase. “Criamos uma sala na secretaria para acompanhar situações que possam acontecer na cidade, para que a gente possa ter resultados positivos”, disso Padilha.

Padilha destacou que a situação está longe dos patamares alcançados por epidemias anteriores de H1N1. Em 2009, a cidade contabilizou 13.870 casos, com 148 mortes. “Nós não estamos e não deveremos estar no mesmo patamar que foi o de 2008 e 2009, classificado como pandemia e o de maior número de circulação de casos. São várias diferenças. Não tem mutação no vírus nessa versão nova e naquele período não se tinha muito claro o papel do Oseltamivir como medicamento importante”, disse.

A secretaria também adotou novas regras para a distribuição do medicamento Oseltamivir, para evitar o uso desnecessário, garantindo para aqueles que realmente precisam. “Não é todo resfriado que é H1N1 nem toda gripe que tem indicação para receber este remédio. É muito importante desenvolvermos uma orientação sobre a importância do uso responsável do medicamento”, disse o secretário. As novas receitas terão validade de cinco dias após a emissão e deverá contar com o número do Cadastro Internacional de Doenças (CID). No ano passado, foram distribuídas 64.959 capsulas do remédio. Neste ano, apenas entre 29 de março e o último dia 4, o número de pílulas chegou a 109.490.

 

Com informações da Secom