primeira etapa

São Paulo aplica 1,7 milhão de vacinas contra a gripe

Secretaria municipal da Saúde divulgou dados preliminares da campanha; objetivo é chegar a 3,2 milhões de habitantes imunizados dentro dos grupos mais vulneráveis

Edson Hatakeyama/secom

Padilha: ‘Antecipação da gripe não levará a um cenário parecido com a pandemia de 2009’

São Paulo – A prefeitura de São Paulo imunizou 63,9% do público-alvo da primeira etapa da vacinação contra a gripe entre os últimos dias 4 e 20. Os dados foram divulgados ontem (25) pela Secretaria Municipal da Saúde. A rede pública vacinou 1,7 milhão de pessoas e a meta é alcançar, até o fim do mês, 80% do grupo mais vulnerável, que inclui, profissionais de saúde, idosos, gestantes, indígenas, crianças na primeira infância e mães recentes. A expectativa é imunizar mais de 3,2 milhões de paulistanos.

“Batemos recordes”, afirmou o secretário da Saúde, Alexandre Padilha. “Nunca em uma semana e meia se chegou a mais de 63% de vacinação, mas é importante saber que ainda tem muitos idosos para vacinar, muitas gestantes e pessoas com doenças crônicas.” No último ano, a vacina, que também imuniza o receptor da Influenza A (H1N1), foi aplicada em 81,72% do público-alvo. As doses são ministradas em mais de 500 unidades municipais de saúde, incluindo, Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Assistências Médicas Ambulatoriais (Amas). Bairros periféricos registram maior taxa de vacinação; Ermelino Matarazzo, na zona leste, lidera, com 84,9% do grupo alvo imunizado.

Entre os profissionais de saúde, 94,87% dos servidores foram imunizados. Entre os idosos, a taxa está em 61,9%, seguidos pelas crianças na primeira infância, ou seja, maiores de seis meses e menores de cinco anos, com 56,5%. Os indígenas estão com a porcentagem de imunização em 37,8%, as gestantes, 46,4% e puérperas, ou seja, mulheres que deram a luz recentemente, 29,6%. “Gestante é um grupo que sempre fica um pouco abaixo dos demais, por isso gostaria de reforçar a segurança dessa vacina para elas. Não tem nenhum risco, pois ela não é uma vacina de vírus vivo, é como se fosse uma partícula que vai desencadear a resposta imunológica”, explicou Padilha.

Sobre o panorama da Influenza A na capital, o balanço divulgado aponta para 385 casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causados pela H1N1, que resultaram em 40 mortes. Dos casos fatais, 17 são de crianças e idosos com mais de 60 anos e 31 tinham fatores de risco, como doenças crônicas. “Os dados só reforçam que os dois extremos das faixas etárias são, de fato, os que têm maior taxa de síndrome aguda grave provocada por H1N1”, disse Padilha.

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe começa oficialmente no sábado (30), porém, São Paulo, assim como outras cidades e estados do país, anteciparam a data devido à evolução precipitada do vírus. “Essa antecipação não levará a um cenário parecido com a pandemia de 2009. Estamos muito distantes disso e acreditamos na importância das medidas de antecipação da vacinação em grupos prioritários”, disse o secretário, em referência aos 13.870 casos da doença registrados naquele ano.

Com informações da Secom

Leia também

Últimas notícias