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Médicos lançam frente em defesa do SUS para barrar proposta de plano de saúde popular

Segundo sindicato de médicos paulista, governo interino retira investimentos do Sistema Único de Saúde, transfere responsabilidades e pode levar a caos na saúde

EBC

Segundo a frente, doenças e epidemias já controladas têm risco de reaparecer, com os cortes previstos

São Paulo – O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) lançou sexta-feira (19) a Frente em Defesa do Sistema Único de Saúde. Segundo o diretor da entidade José Erivalder Guimarães, a iniciativa tem como objetivo garantir o direito assegurado pela Constituição à população de ter atendimento público de saúde de qualidade e integral. A frente também luta contra as propostas do governo interino de Michel Temer que reduzem os investimentos em saúde e cria a possibilidade de as empresas oferecem planos de saúde a preços baixos.

“A proposta do plano de saúde popular significa a população pagar mais um pouco para ter um atendimento ruim e restrito. Quando o usuário necessitar de uma cirurgia, por exemplo, vai ter que ir para o SUS”, afirma Guimarães, em entrevista hoje (22) à Rádio Brasil Atual.

As propostas que estão vindo, como a PEC 241 e 257, vão limitar o concurso público e diminuir os investimentos na área da saúde, vai piorar o caos que já existe”, denuncia o sindicalista. Segundo ele, se o SUS já não consegue atender a toda a população brasileira com os atuais investimentos, os cortes planejados pela gestão Temer levarão a resultados desastrosos.

Nós sabemos que o acesso ao SUS é difícil. Entretanto, ele é reconhecido mundialmente como um dos bons projetos que conseguiram ser viabilizados, no mundo, na área da saúde. Nós somos referência na vacinação, no tratamento dos aidéticos, no transplante renal e em uma série de áreas. Entretanto, há questões de acesso que são o grande gargalo, e ele existe porque falta financiamento. Com a proposta desse governo, tirando mais dinheiro, vai piorar e aumentar o risco de voltar algumas epidemias e doenças sobre as quais já temos um controle efetivo. Essas propostas podem criar um caos.”

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