Infogripe

Fiocruz: região Norte ainda apresenta alta de casos de síndrome respiratória grave

Por outro lado, casos de SRAG permanecem em queda nos estados do Sudeste, Centro-Oeste e Sul, e pararam de aumentar no Nordeste

Myke Sena/MS
Myke Sena/MS
Covid-19 respondeu por 95,7% dos óbitos e 79,1% dos casos de SRAG nas últimas quatro semanas

São Paulo – O novo boletim Infogripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quarta-feira (3) aponta que apenas a região Norte ainda apresenta sinais de alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). No Sudeste, Centro-Oeste e Sul, a queda permanece e o Nordeste apresenta indícios predominantes de interrupção do crescimento, com alguns estados já iniciando queda. A análise é referente ao período de 24 a 30 de julho.

No país, como um todo, o boletim indica queda nas tendências de longo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas). Fora da região Norte, somente os estados do Mato Grosso, Maranhão e Piauí ainda apresentam sinal claro de manutenção de crescimento. Em Sergipe, há crescimento na tendência de longo prazo. O comportamento da curva, no entanto, é compatível com uma oscilação após interrupção do crescimento.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, o Sars-CoV-2 (vírus causador da covid-19) permaneceu com a principal causa de SRAG, respondendo por 79,1% dos casos positivos para algum tipo de vírus respiratório. Em segundo lugar, está o vírus sincicial respiratório (VSR), com 5,6% dos casos, seguido pelos vírus influenza A (1,9%) e influenza B (0,1%). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 95,7% para a covid-19; 0,9%, Influenza A; 0,1%, Influenza B; 0,1%, VSR.

SRAG por região

Atualmente, apenas oito unidades federativas apresentaram crescimento dos casos de SRAG na tendência de longo prazo. Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Roraima e Sergipe. Os demais estados e o Distrito Federal mostram estabilidade ou queda na tendência de longo prazo até o mesmo período.

Da mesma forma, o boletim aponta que sete das 27 capitais têm sinais de crescimento no longo prazo: Belém, Boa Vista, Cuiabá, Macapá, Palmas, Porto Alegre e Teresina.