Anvisa muda atuação e concentra ações em prevenção à saúde

Rio de Janeiro – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) inicia nesta quarta (25), no Rio, o Fórum Regional Sudeste de Vigilância Sanitária. Segundo a diretora da Anvisa, Maria […]

Rio de Janeiro – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) inicia nesta quarta (25), no Rio, o Fórum Regional Sudeste de Vigilância Sanitária. Segundo a diretora da Anvisa, Maria Cecília Brito, o principal objetivo do encontro é dar visibilidade e divulgar as experiências eficientes de vigilância sanitária em todo o país.

Cecília Brito afirmou que durante muito tempo, a vigilância sanitária ficou restrita ao papel de polícia, que envolvia autuações e interdições. Depois da reforma sanitária, da Lei Orgânica da Saúde (8.080/1990) e da Conferência  Nacional do setor, o principal papel da vigilância sanitária, de acordo com ela, é proteger  a saúde das pessoas. “Então, quando nós autuamos, interditamos, significa que nós já falhamos no nosso papel protetor”.

A diretora da Anvisa explicou que a nova vigilância sanitária envolve conhecimento e, por isso, o interesse em divulgar para as unidades federal, estaduais e municipais as experiências que têm dado certo nesse campo. “Principalmente para demonstrar que com ações articuladas e planejadas, com os olhos voltados  para questões de integração, interinstitucionalidade e corresponsabilidade, estamos conseguindo grandes avanços”.

Durante os dois dias do encontro, serão apresentadas experiências bem sucedidas dos estados e municípios do Sudeste que provaram que a intervenção da  vigilância sanitária foi eficiente na contenção do risco. Este é o quarto ano em que a Anvisa realiza os fóruns regionais. A diretora informou que a cada ano, os trabalhos vão se tornando mais científicos e tendo maior qualidade.

Ela citou o trabalho que visa a despertar nas crianças a necessidade de observar as instalações de uma padaria ou a água nas escolas, bem como colaborar na vigilância sanitária de modo a evitar o consumo irracional de medicamentos. Outro exemplo é o trabalho de melhoria em instituições de longa permanência de idosos. “São diversas experiências de estados e municípios que nós temos e que contribuíram de forma concreta para a melhoria da promoção e da proteção da saúde”.

Algumas dessas experiências podem ser adotadas pela Anvisa em nível nacional, afirmou Cecília Brito. Uma delas é a melhoria da condição da água de irrigação de uma hortaliça em Brasília, que vai para o Mato Grosso e o Amazonas. Desde o ano passado, a Anvisa disponibilizou em seu site na internet experiências bem sucedidas na área. “E este ano não será diferente”, acrescentou.

O ciclo de fóruns regionais da Anvisa em 2010 será encerrado em setembro, no Centro-Oeste. A idéia, disse a diretora, é recomeçar os encontros em 2011. “Existe uma necessidade grande de que tenhamos por escrito o nosso processo de trabalho. A vigilância sanitária ainda está se refazendo nessa nova condição de promotora e protetora da saúde”.