504 mil mortes

Brasil passa de 18 milhões de infectados por covid-19, e segue sem controle

Nas últimas 24 horas foram registradas 2.131 mortes, totalizando 504.717 desde o início da pandemia, em março de 2020

Marcello Casal Jr / ABr
Marcello Casal Jr / ABr
Hoje, a média de novos casos diários está em 74.490, patamar só superado pela última semana de março, pior momento do surto no país até então

São Paulo – O Brasil chegou hoje a 18.054.653 infectados pela covid-19, depois de registrar 87.882 casos em 24 horas. A forte alta do dia confirma tendência registrada nas últimas duas semanas de recrudescimento do surto no país. Em relação ao número de mortos, foram 2.131 no último período, totalizando 504.717 desde o início da pandemia, em março de 2020.

Desde o dia 9, a pandemia segue em escalada no Brasil. A média de novos casos diários está em 74.490, patamar só superado pela última semana de março, pior momento do surto no país até então. A média diária de mortes segue a mesma tendência, e desde o dia 13 está acima de 2 mil.

Números da covid-19 no Brasil. Fonte: Conass

A piora na pandemia tem relação, de acordo com pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com a ausência de medidas mais rigorosas para estimular o isolamento social. E com a falta de um comando nacional, uma vez que a gestão do governo Bolsonaro contribui com a propagação do vírus, conforme tem ficado mais evidente a cada sessão da CPI da Covid.

Efeitos colaterais

Perda de amigos e familiares, ausência forçada de convívio social, medo, incertezas quanto ao que virá depois são sentimentos que afetam a vida das pessoas. Um estudo do Observatório das Residências em Saúde da Fiocruz Pernambuco, divulgado nesta terça (22), tenta identificar o impacto dessas pressões entre futuros médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde.

Alteração no sono, mudanças de humor e alteração no consumo de medicamentos ou outras substâncias, foram algumas condições relatadas por 791 participantes da pesquisa. “O objetivo do estudo foi identificar as condições de saúde e de trabalho desses profissionais”, diz o relatório.

A saúde mental é um dos pontos mais negligenciados em meio à pandemia de covid-19, apontam especialistas. Mas não questões práticas do dia a dia ainda chocam os pesquisadores. Por exemplo, chama atenção nos resultados obtidos na enquete a precariedade nas medidas de proteção.

“Pouco mais de um ano após o início da pandemia (lembrando que a pesquisa foi realizada de fevereiro a abril de 2021), 13,53% dos residentes disseram não ter água e sabão no local de trabalho”, diz o estudo. “Reconhecida e amplamente divulgada como ação fundamental para prevenção de contaminação pelo coronavírus, não ter como lavar as mãos é algo inadmissível em qualquer estabelecimento de saúde.”


RBA utiliza informações do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Eventualmente, elas podem divergir do informado pelo consórcio da imprensa comercial. Isso em função do horário em que os dados são repassados pelos estados. As divergências, para mais ou para menos, são sempre ajustadas após a atualização dos dados.


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