Alerta na elite

Alta nos casos de covid-19 faz Sírio-Libanês chegar próximo da lotação

Aumento de 141 para 174 casos em uma semana é creditado à flexibização do funcionamento do comércio para o Dia das Mães e leva ocupação geral do hospital paulistano a quase 90%

Parentingupstream / pixabay
Parentingupstream / pixabay
Dos 27 estados e o Distrito Federal, 14 seguem em alerta crítico, com taxas superiores ou iguais a 80%

São Paulo – Os casos de covid-19 no Sírio-Libanês, hospital que atende principalmente a elite paulistana, saltaram de 141 para 174 em apenas uma semana, entre os dias 17 e 24 de maio. Um aumento de 23%. Com isso, a taxa geral de ocupação cresceu catorze pontos percentuais no período, indo de 75% para 89%. A elevação está sendo associada ao período de flexibilização do funcionamento do comércio em razão do Dia das Mães, no dia 8 de maio, mas não é encarada como uma eventual terceira onda de infecção pela doença.

“Hoje, a gente está com 174 pacientes internados com suspeita ou confirmação de covid-19 e é um número mais expressivo do que na semana anterior, mas ainda estamos inseguros de chamar de terceira onda, porque já passamos por variações de números de pacientes e isso pode não significar nada”, disse Felipe Duarte, gerente de Práticas Médicas do Sírio-Libanês, segundo matéria do O Estado de S.Paulo.

Ele acrescenta que há um temor geral de aumento de casos e, portanto, há reuniões constantes para tratar, por exemplo, da gestão de leitos. Apesar disso, Felipe Duarte garante que ainda não é o momento de tomar medidas emergenciais como converter vagas de enfermaria em UTI. “Nossas unidades estão tentando absorver esses pacientes. Em um eventual aumento, pela tendência dos últimos dias, vamos mobilizar planos que já fizemos no passado e acolher esses pacientes e os sem suspeita de covid. Estamos em um momento mais de observar do que agir, mas a observação desperta pensamentos de planejamento, olhando o cenário de aumentar o número de leitos sem prejudicar o atendimento do outro lado (sem casos da doença).”

Variante indiana

Os registros iniciais da variante indiana no país também preocupam. “Como a gente está falando de um vírus com alta transmissibilidade, a seleção das variantes está relacionada com o poder de transmissão. Enquanto a vacinação não está em massa para garantir a redução da circulação do vírus, a P.1 ensina que devemos continuar respeitando o distanciamento social, uso de máscara e higiene das mãos. Esse tipo de medida que é eficaz, embora seja dura, porque estamos somando tempo e cansaço.”

Duarte diz que, se ela se disseminar, os cuidados vão seguir a mesma linha do que foi feito com o vírus inicial e suas demais variantes, como a P.1. Por fim, o gerente do Sírio-Libanês confirma que o perfil de pacientes críticos continua seguindo a tendência de queda das faixas etárias, ficando em torno dos 40 e 50 anos, até porque pessoas mais velhas já foram vacinadas.

Leia também


Leia também


Últimas notícias